sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A noção do tempo e o paganismo.

Quantos de nós já não ouvimos ou mesmo pronunciamos a seguinte expressão: como o tempo está passando rápido, ou mesmo, o tempo está voando! Somos levados a pensar como Robert Herrick poeta inglês do século XVII. Que disse: “Colhe teus botões de rosa enquanto podes, o velho tempo ainda voa”. A noção de que o tempo corre como um fluxo de um rio acontece devido a algumas questões. (1) está impregnado em nossas mentes, (2) o contexto em que vivemos nos doutrinou assim, (3) o fato de envelhecermos parece nos provar exatamente isso. Na verdade o nosso envelhecimento não está associado a passagem do tempo mas sim a entropia, perda de energia do corpo algo que está diretamente ligado a 2ª lei da termodinâmica. O salmo 90 nos diz isso. Sl. 90: 10 aqui nos é dito que nós voamos, não o tempo. Para o nosso entendimento o passado nos parece algo fixo, o presente palpável e o futuro indeterminado, com relação aos acontecimentos isso pode até ser uma realidade, porém não com respeito a passagem do tempo. As estações do ano, bem como a variação do clima e o próprio labor humano dá-nos uma idéia de um tempo corrente. Gn. 8: 22 devido a esses fatores foi necessário ao homem não só marcar, mas contar o tempo. O calendário lunar: O calendário hebraico é um calendário do tipo lunar baseado nos ciclos da Lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses de período igual ao de uma lunação, de forma que o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. Nos tempos bíblicos o mês começava em Abib. Ex. 12: 2, Dt. 16:1, Sl. 81:3. o mês lunar é composto por 29 dias, 12 horas, 44 minutos, o problema do mês lunar se dá quando está se aproximando a lua nova e está nublado ou chovendo. No ano 46 AC. O líder romano Júlio César modificou o calendário lunar para o calendário solar, este calendário é conhecido como Juliano. Qual o problema em ser solar e não lunar? Aparentemente nenhum, a não ser pelo fato dos meses estarem associados aos deuses romanos e também pelo fato de que nos calendários lunares e lunissolares o dia tem sempre início com o pôr-do-sol, como ocorre ainda hoje, no calendário judeu e muçulmano, apoiado pela bíblia Gn. 1: 5 observem que o dia começa ao por do sol e é contado como tarde e manhã. No calendário solar, o dia começa com a saída do Sol, como no antigo Egito. Na Mesopotâmia o dia começava à meia-noite, embora o calendário usual partisse do anoitecer. Os chineses e romanos adotaram também a meia-noite para o início do dia, uso que é seguido pelo calendário gregoriano. O calendário que usamos foi uma evolução do antigo calendário romano e os nomes dos meses utilizados vieram dos deuses. Janeiro: O nome vem do deus romano Jano com duas faces que era um "porteiro celestial". A palavra ianua significa porta e o mês de janeiro representa justamente a entrada do ano. Fevereiro: O termo vem da palavra februmm que significa purificar; neste mês acontecia um ritual de purificação romana e representa também ao deus etrusco da morte . Março: O nome vem do deus da guerra Marte; neste mês começa a primavera no hemisfério norte, que era uma ótima época para iniciar campanhas militares. Abril: Neste mês existem duas versões aceitas. Uma delas é que o nome do mês vem de aperire que significa abrir, que lembraria o desabrochar das flores na primavera. Na outra o nome vem de aprilis, uma comemoração feita para a deusa Vênus. Maio: Era uma homenagem a duas deusas, Maia e Flora, que eles acreditavam ser responsáveis pela primavera e o crescimento das flores. Junho: Era uma homenagem a deusa Juno que era protetora da família e dos partos. Também pode ter derivado do clã romano junius. Julho: No calendário romano, Juliano, esse mês era chamado quintilius, porque era o quinto mês. Séculos depois foi rebatizado em homenagem ao imperador Julius Caesar que tinha sido assassinado. Agosto: No primeiro calendário Juliano ele se chamava sextilis, porque era o sexto mês. Também foi rebatizado em homenagem ao imperador Augusto, até pelo fato de serem considerados deuses, percebemos também que ambos os meses, julho e agosto tem 31 dias demonstrando com isso a igualdade entre os imperadores, Julho e Augusto. Setembro a Dezembro Setembro vem da palavra septem,que significa sete, outubro vem de octo, que significa oito e assim por diante.
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Temos aqui uma imagem do Busto de Jano encontrada no Vaticano. O interessante é que no primeiro calendário ou no calendário Juliano o ano começava no mês de março e mesmo quando foram adicionados os meses de janeiro e fevereiro, eles ficavam após o mês de dezembro e não antes como conhecemos hoje. O calendário gregoriano passou a vigorar somente em 24 de Fevereiro do ano 1582 em homenagem ao papa Gregório XIII. Em 1582, o Papa Gregório XIII, aconselhado pelos astrônomos, decretou pela bula papal que quinta-feira, 4 de Outubro de 1582 seria imediatamente seguido de sexta-feira 15 de Outubro para compensar a diferença de dias acumulados ao longo dos séculos. Percebemos também que os dias da semana permaneceram. Jano (em latim Janus) foi um deus romano que deu origem ao nome do mês de Janeiro. Era para os romanos o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, representando os términos e os começos, o passado e o futuro. Era o responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava, e toda porta se volta para dois lados diferentes. Por isso é conhecido como "deus das Portas". Reparem que Jano está olhando para as duas direções passado, significando o ano que passou e futuro, o novo ano que se inicia. O que percebemos na realidade é uma idolatria muito grande até mesmo anexada aos meses do ano. Ap. 18: 2-4. E quanto ao tempo, passa ou não passa? Todos os métodos de se medir o tempo estão em constante desgaste assim como nós, por causa disso da-nos-a impressão de que o tempo flui, mais não é assim. O que ocorre na realidade como disse anteriormente é que nós passamos e não o tempo, qual seria a velocidade do tempo? Um segundo por segundo? Apesar de ser criado o tempo recebeu de Deus elementos que o fizeram que fosse eterno. Naturalmente se ele passasse teria que ter um fim, mas não é assim. Se a criação depende da terra, e da natureza para subsistirem a mesma natureza depende do tempo para existir. Ec. 1: 4, Is. 60: 21, Ez. 37: 25, 2ª Co. 4: 16 e 18, Tg. 1: 9-11. A nossa preocupação não deve estar pautada na passagem de mais um ano, mas sim viver cada dia Percebemos então que mesmo a contagem do “tempo” está impregnada com a idolatria e erros do paganismo, e que atualmente todos nós temos como uma realidade. Infelizmente isso acontece pelo fato de nós humanos, não atentarmos facilmente para a verdade. O que a bíblia nos orienta? Pv. 23: 23

* imagem wikipedia

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

25 dezembro, nascimento do deus sol.


O clima prova Jesus não nasceu em Dezembro. Vamos ler Lucas. 2:6-8 Quando Jesus nasceu os pastores estavam no campo, durante as vigílias da noite, e guardavam os rebanhos pelos quais eram responsáveis. Como seria o clima, em Dezembro, lá no Orienta Médio? Nesta época inicia-se a estação das chuvas, a considerada estação de inverno, fazendo muito frio. Por isso, os pastores tinham seus rebanhos recolhidos e abrigados, e não nos campos. Entre os pastores se costumava enviar as ovelhas aos desertos, por ocasião da páscoa, e recolhê-las no começo das primeiras chuvas... As primeiras chuvas começavam em princípios do mês de Marchesvan, que corresponde às partes de nosso Outubro e Novembro,... Por conseguinte, o Messias não nasceu em 25 de dezembro, quando não haviam rebanhos no campo.” (Comentário de Adam Clarke, vol3, pág 111) Durante os tempos que os rebanhos permaneciam fora, os pastores velaram por eles dia e noite, todavia a primeira chuva caia em meados de Hesvan, que corresponde a princípios de Novembro. As ovelhas permanecem fora nos campos de Israel, todo o tempo do verão,e em conseqüência, os pastores ali receberam as novas do anjo, o que mostra que Jesus não nasceu em 25 de dezembro, porque para este tempo já não havia pastores e ovelhas nos campos de Belém...” (Talmudist Inlighfootsd –ingles) Que mês do calendário hebraico corresponde ao nosso Dezembro? Zac. 7:1 A Bíblia confirma que havia chuvas neste mês? Esdras 10:9 A Bíblia confirma que fazia frio neste mês? Jr. 36: 22 Recenseamento no mês das chuvas? Nos dias do nascimento de Jesus, César Augusto convocou, por decreto, a todos do império para que fossem recensear-se. Lucas. 2: 1-5 César Augusto pretenderia realizar um recenseamento com um clima inadequado para a ocasião? Fatores a considerar: Belém está a 140 km de Nazaré; Belém está aproximadamente a 250 metros acima de Nazaré; As precárias condições das estradas; Os meios de transporte disponíveis: camelo ou burrico; Como um governador marcaria uma contagem para uma época assim? O que os pastores estariam fazendo com seus rebanhos no campo num tempo de chuvas e frio? No mapa pode-se observar a cidade de Nazaré ao norte na Galileia. Ao sul, na Judeia, próximo de Jerusalém, está Belém, a cidade do nascimento de Jesus. Estas cidades estão distantes 140 km entre si e num desnível de mais de 250 metros. Na manjedoura com Jesus. A tradição diz que na manjedoura estiveram os pastores, os reis magos e os animais. O que mostra a Bíblia? Lucas. 2:6-16 O texto mostra-nos com clareza, que os pastores que estavam no campo, no dia do nascimento do Senhor Jesus, foram visitá-lo na manjedoura, encontrando lá, José e Maria juntamente com seu filho Jesus. Então, onde estavam os magos? Aliás, eles eram reis ou magos? Mt. 2: 1-2 O novo testamento não declara quantos eram, nem que eram reis. Chamaríamos de fábulas, especulação e ainda acréscimo. Sabe-se que eram sábios estudiosos das profecias e de astronomia. Herodes procura matar o menino. A partir do momento em que viram a estrela no oriente, os magos partiram para encontrar o rei Jesus. Em Jerusalém houve grande perturbação. Herodes e as autoridades religiosas juntaram-se para descobrir onde e quando haveria de nascer o Messias. Mt 2: 3-8 Onde os magos encontraram o menino? Mt. 2:9-11 Os magos encontraram o menino em casa. Na manjedoura estiveram somente os pastores e não os magos! A idade de Jesus. Quando os magos encontraram Jesus, seria Ele um recém-nascido? Mt. 2: 16 Baseado na informação dos magos, Herodes agiu. Mandou matar os meninos de dois anos para baixo, procurando neste contingente atingir o menino Jesus. Portanto quando os magos encontraram o menino, em casa, Ele estava perto da idade de dois anos. Como se pode ver não se tratava mais de um recém nascido. E o que comumente se observa hoje? Porque levaram Presentes para Jesus? Era costume ao se visitar um rei levar algum presente. Por ser rei o Senhor foi presenteado, porém a Bíblia não menciona que houve troca de presentes. A bíblia nos confirma que era uma prática presentear os reis no oriente. IRs 10: 10, E sendo rei, o Senhor recebera os presentes destes estudiosos de astronomia. 25 de dezembro? É o nascimento do deus-sol-invicto dos pagãos. Ez. 8: 12 a 16 O nascimento de Jesus em 25 de dezembro, acaba por fazer com que se dê honra ao deus-sol. “A solenidade do natal foi instituída para substituir as festas pagãs do sol invicto, no solstício de inverno. A igreja do oriente sempre celebrou o nascimento de Jesus no dia 6 de janeiro, na festa da Epifania. No Ocidente sempre foi o dia 25 de dezembro.” (Informativo da Diocese de Marília-SP – Ano I – nr 4 – Dezembro/98 Editor: Vanderley Sampaio www.sampaio.jor.br/nomeiodenos/edic04/04forma.htm “Os cristão se deslumbraram diante das festas pagãs do deus-sol, celebrados no solstício de inverno, o dia mais curto do ano (21 ou 22 de dezembro, no hemisfério norte)”. A partir de então, passaram a proclamar, o natal de Jesus no dia 25 de dezembro. Eles se deram conta de que o Sol vem para dissipar as trevas do coração humano, arrebatar dos túmulos os que jazem na morte e inaugurar uma nova criação repleta de vida, alegria, realização e dignidade, é Jesus.” (Pe. Carlos James dos Santos, SJ, membro do CCB. http://www.ccbnet.org.br/companhia/comp003mat001.htm). Em que mês Jesus nasceu? Nascimento de João Batista: Zacarias era sacerdote da ordem de Abias: Lc 1:5 Davi divide o ano sagrado dos hebreus em 24 turnos ou quinzenas, definindo assim a ordem de cada turma para prestar os serviços do santuário. I Cr 24:3, 5, 7,18 Observe que, a oitava quinzena, dentro do ano sagrado, cabia ao turno de Abias. Esta estava dentro do mês de Tamuz. Nesta quinzena, Zacarias, o pai de João Batista, deveria prestar os serviços. Zacarias cumpria os serviços no tempo de acordo com sua ordem e, é avisado pelo anjo, que Isabel, sua esposa, ficaria grávida. Lucas. 1:5, 8,11-13 Zacarias voltou para casa, após o término dos serviços e sua esposa concebeu: Lucas. 1:23 Nascimento de João Batista em fins de Nisã ou Abibe. Nascimento do Senhor Jesus: Maria recebeu o aviso de sua gravidez pelo anjo Gabriel. Nesta ocasião, sua prima, Isabel, estava no sexto mês de gestação: Lc 1:26 e 27,30-34,36. Maria fica com Isabel os últimos três meses de gravidez da sua prima Lc 1:39 a 43, 56-59 Cumprem-se os dias para nascer o Senhor Jesus Seis meses depois do nascimento de João Batista, em Etanim, que é Outubro pelo calendário atual, neste mês nasceu Jesus.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para quem é a salvação?

Alguns versos bíblicos vêm nos dizendo que Deus não quer que ninguém se perca. O que a bíblia quer nos dizer exatamente? Deus está falando de uma totalidade envolvendo a questão matemática, ou a palavra ninguém se refere aos que irão se salvar? Para quem foi destinada a palavra de Deus? Em meio há vários versos que tratam sobre o assunto iremos analisar apenas três deles. O apóstolo Pedro declara com clareza que Deus não quer que ninguém pereça. 2ª Pe. 3.9 Como podemos encaixar este versículo na predestinação? Se não é a vontade de Deus eleger todos para a salvação, como pode então a Bíblia dizer que Deus não quer que ninguém pereça? Em primeiro lugar precisamos entender que a Bíblia fala da vontade de Deus em mais de uma maneira. Por exemplo: de um lado a Bíblia fala do que nós chamamos de vontade soberana eficaz. A vontade soberana de Deus é aquela vontade pela qual Deus faz com que as coisas aconteçam com absoluta certeza. Nada pode resistir à vontade de Deus neste sentido. Por sua soberana vontade, Ele criou o mundo. A luz não poderia recusar-se a brilhar Jó 42:2, Is. 46:10 A segunda maneira na qual a Bíblia fala da vontade de Deus é com respeito ao que chamamos de vontade preceptiva, ou seja, o que é ordenado por Deus . A vontade preceptiva de Deus refere-se a seus comandos, suas leis e seus mandamentos. È a vontade de Deus que façamos o que Ele ordena, porém, Somos capazes de desobedecer a sua vontade. Na realidade, quebramos seus mandamentos. Porém não podemos fazer isso impunemente. Fazemos isso sem sua permissão ou sanção. Ainda assim o fazemos. Na verdade nós pecamos. Um terceiro modo que a Bíblia fala da vontade de Deus faz referência à disposição de Deus, ao que agrada a Ele. Deus não tem prazer na morte do ímpio. Ez. 18:23, 33:11. Outro fato que não podemos esquecer é que Deus está direcionando estas palavras para Israel. O ímpio aqui relatado não significa necessariamente somente os ímpios impenitentes. Tanto é assim que o apostolo Paulo disse que há seu tempo Cristo morreu pelos ímpios. Rm 5:6. Existe um sentido no qual a punição do ímpio não traz alegria a Deus. E isso na esfera humana. Ele escolhe fazê-lo porque tem que punir o mal. Ele se alegra na justiça de seu julgamento, mas é “triste” que tal julgamento justo precise ser realizado. É algo como um juiz sentar-se na corte e sentenciar seu próprio filho à prisão. Vamos aplicar estas três definições possíveis à passagem de 2ª Pedro. Se tomarmos a declaração compreensiva “Deus não quer que ninguém pereça”, e aplicarmos a ela a vontade soberana de Deus, a conclusão é óbvia. Ninguém perecerá. Se Deus soberanamente decreta que ninguém deve perecer, e Deus é Deus, então certamente ninguém jamais perecerá. PV. 21:30. Este, então, seria um texto de prova não para o arminianismo, e sim para o universalismo, arminianismo é uma teoria teológica surgida na Holanda por Tiago Armínio. O universalismo é um pensamento ou uma doutrina teológica que diz que no final, todos serão salvos. Se aplicarmos a definição da vontade preceptiva de Deus a esta passagem, então a passagem significaria que Deus não permite que ninguém pereça. Isto é, Ele proíbe o perecimento das pessoas. E contra sua lei. Se as pessoas fossem adiante e perecessem, Deus teria de puni-las por perecerem. Sua punição por perecerem seria mais perecimento. Esta definição não funcionará. Não faz sentido. A terceira alternativa é que Deus não tem prazer no perecimento das pessoas. Isto se enquadra no que a Bíblia diz, em outros lugares, sobre a disposição de Deus em relação aos perdidos. Esta definição poderia servir nesta passagem. Pedro poderia simplesmente estar dizendo aqui que Deus não tem prazer no perecimento de ninguém. Embora a terceira definição seja possível e atraente para ser usada na solução desta passagem, com a qual a Bíblia ensina sobre predestinação, há ainda um outro fator a ser considerado. O texto diz mais do que simplesmente que Deus não quer que ninguém pereça. A cláusula inteira é importante: “pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”. Qual é o antecedente de nenhum? É claramente “nós”. Será que “nós” se refere a todos nós humanos? Ou se refere a nós cristãos, o povo de Deus? Pedro gosta de falar dos eleitos como um grupo especial de pessoas. Na verdade o que ele está dizendo aqui, é que Deus não quer que nenhum de nós (os eleitos) pereça. Se esse é o seu significado, então o texto exigiria a primeira definição e seria mais uma forte passagem a favor da predestinação. De duas maneiras diferentes o texto poderia ser harmonizado com a predestinação. De maneira nenhuma sustentaria o arminianismo. O único significado possível seria o universalismo, que então entraria em conflito com tudo o mais que a Bíblia diz contra o universalismo. Por exemplo: o mesmo ocorre com Jo. 3:16-17. Não podemos interpretar estes versos como eles querendo falar literalmente. O fato é que Deus enviou, comissionou o seu filho ao mundo, agora, crer que Deus quer salvar o mundo matematicamente não se enquadra no que a bíblia diz. Na verdade Jesus viveu neste mundo para poder salvar os eleitos que estão no mundo. Mt.25:34, Jo. 17:9. (Eu rogo por eles: não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus). E se Deus tem os seus, naturalmente existem aqueles que não lhes pertence no que concerne à salvação. Assim como Deus proveu um meio para salvar os seus, e este meio nós sabemos foi enviar o seu filho ao mundo, assim também Deus de antemão providenciou um lugar para onde ele enviará os perdidos. Mt.25:41. Percebemos que a bíblia diz que tal lugar está preparado, isto nos mostra que se está preparado de maneira nenhuma Deus intentou salvar todos matematicamente. Mt. 24: 31 Outro fato está na declaração de Jesus, se existem os escolhidos também devem existir os que não foram escolhidos. 1ª Jo. 2:2 A bíblia nos diz que o sacrifício e a intercessão de Cristo são estendidos para o mundo inteiro. Novamente surge a questão da globalização, porém é fácil entender que o ímpio não recorre a Deus e a Jesus Cristo para ter os seus pecados cancelados, outro fato bastante relevante é que o apóstolo está direcionando as suas palavras para o mundo não matemático, mas sim para o mundo de crentes. E para ter uma maior prova disso basta ler o contexto deste mesmo capítulo dois. Jesus é a propiciação dos pecados de todos os seus que estão espalhados por todo o mundo. 2ª Tm. 2:19. diz: (Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade). Vale lembrar que tanto o universalismo quanto o arminianismo são doutrinas sem fundamento bíblico.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quem tem o espírito santo?

Vivemos em uma época onde as denominações religiosas principalmente o seguimento pentecostal diz que vive na plenitude do espírito, para tentar “provar” que estão cheios do espírito santo “falam em línguas, profetizam, curam e expulsão Demônios”. Antes de mais nada uma pergunta seria importante para os que defendem tal ideologia. Será que eles sabem realmente o que seja o espírito santo? pensam realmente que o espírito santo é uma pessoa? Na realidade a bíblia descreve o espírito santo como sendo o meio pelo qual Deus leva efeito os seus intentos. Existem duas maneiras de se provar que os que se arrogam de possuir os dons do espírito estão na melhor das hipóteses enganados. Para ter acesso aos dons do espírito apesar de sermos pecadores é necessário obedecermos a Deus. É uma condição bíblica. At. 5:32 diz: (E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem). Outro fato é que o espírito santo não é algo que podemos ter quando bem entender é um dom de Deus. E Deus só dará este dom de forma a ser utilizado em prol de outros se tal indivíduo tiver pelo menos um pouco de conhecimento de que seja este dom. Ou seja, como Deus dará o espírito santo para um líder religioso se tal líder pensa que o espírito santo é uma pessoa, ou a terceira pessoa da trindade? A palavra espírito no “antigo testamento” é ruwach e significa: vento, hálito, mente fôlego ar, gás. Portanto, esta palavra não se aplica a uma pessoa. O salmo 139 descreve com exatidão a ação do espírito de Deus, Sl. 139:1-10 Há quem se refere Davi? Deus, lógico. Porém, como Deus faz para ter esta onisciência? O verso sete nos responde, Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua face? Para compreendermos melhor a questão do espírito de Deus, devemos fazer uma comparação. Em uma manhã bem fria quando nos expomos ao sol somos aquecidos e iluminados por que: pelo sol, ou pela luz proveniente do sol? Naturalmente pela luz que é emitida do sol. Assim é o espírito de Deus, é algo que pertence a Deus, não outra pessoa ou outro Deus. 1ª Co. 2: 10-12 o verso 12 nos diz que o espírito provêm de Deus. Ou seja, procede, origina-se em Deus. A palavra espírito na nova aliança é: pneuma e significa: um movimento de ar, um sopro suave do vento, respiração pelo nariz ou pela boca. Na primeira aliança somente os profetas, sacerdotes, juízes e reis é que recebiam o espírito santo. Os profetas, Nm. 11: 16-17, 25-29, 2ª Rs. 2: 15, os sacerdotes, Jr. 27:16, os juízes, Jz. 3:9-10, e os reis, 1ª Sm. 10:11, At. 2:29-30. outro fato importante é: se um individuo crê e ensina em sua congregação que a lei de Deus foi abolida tal individuo não receberá o espírito santo da parte de Deus, o espírito santo em nossas vidas tem como objetivo máximo em nos capacitar a guardarmos a lei, torá. E se o líder religioso insiste que a lei de Deus foi abolida e mesmo assim diz que em sua denominação a presença do espírito de Deus é constante, tal líder é soberbo, portanto não devemos teme-lo, ainda que profetize com acerto e realize milagres comprovados. Dt. 13: 1-3, Is. 8:20. Qual a relação da lei com o espírito santo? Jr. 31:31-34, percebemos nestes versos que não existe uma aliança entre Deus e o povo se não houver lei, torá. E como foi implantada essa lei no nosso interior? Ez. 11: 19-20, 36: 26-27. Paulo também nos diz que o espírito santo é o meio pelo qual nós podemos cumprir a lei de Deus, primeiro ele nos mostra que o homem natural é incapaz de agradar a Deus, somos carnais e tendentes ao pecado Rm 8:3, depois ele nos mostra que após a morte de Jesus o espírito santo que era derramado somente sobre os líderes entre o povo judeu, foi concedido também para os (gentios os que não são judeus). At. 10:45 e por meio do espírito de Deus nós podemos agrada-lo Rm. 8:11 como foi dito a cima Deus não pode conceder o espírito santo para quem lhe desobedece. Jl. 2:28-29 Quando Deus nos diz que derramará o seu espírito sobre toda a carne, será que ele está dizendo todos de uma forma matemática de se entender? At. 2:17-18 o contexto o qual ocorreu o derramamento do espírito santo foi em Jerusalém nos dias dos apóstolos, lógico que Deus não restringiu o seu poder somente para as pessoas daquela época, absolutamente. Porém, o que percebemos é que quem recebeu o espírito foram pessoas que tinham um compromisso com Deus e queriam agrada-lo. At. 2:37 tanto é assim que o verso 29 de Joel 2 é dito que o espírito seria derramado sobre os servos de Deus e servo não é qualquer um. O que mais o espírito santo após ser derramado faria? Ef. 4:3-4 estes versos são erroneamente utilizados pelos trinitarianos, dizem eles que este espírito o qual cita o apostolo Paulo é o espírito santo, a terceira pessoa de uma suposta trindade, mas não é uma verdade. Nestes versos Paulo está dizendo sobre a unidade espiritual da igreja, ou seja, ter o mesmo espírito, sentimento. O fato da palavra espírito está em maiúsculo, não significa nada. Mediante isto pergunto: conforme nos diz o santo apostolo, se é para existir uma unidade espiritual com aqueles que receberam o espírito santo, porque é que existe tanta divisão no meio cristão e justamente com aqueles que dizem possuir o espírito santo? Quem causa divisões tem o espírito? Rm 16:17-18, Jd. Verso 19 infelizmente o que percebemos é que existe o espírito do erro tentando passar pelo espírito de Deus, na bíblia há relatos destes acontecimentos, 1ª Rs. 22:19-25 percebemos no verso 24 que o falso profeta Zedequias cria que tinha o espírito do Senhor. Jr. 28:10-15, O mesmo aconteceu com o profeta Hananias, o fato de pensarem que tem o espírito santo não significa nada. A bíblia nos alerta sobre o espírito do erro, não é por estarem falando em nome de Deus e dizendo que fazem isso e aquilo que devemos crer em tais indivíduos; como disse anteriormente, ainda que as suas predições se cumpram devemos prova-los pela bíblia. 2ª Co. 11:13-15, 2ª Ts. 2:9-12. qual é o conselho que a bíblia nos dá com relação aqueles que dizem obrar pelo poder de Deus? 1ª Jo. 4:1, cuidado com as bajulações, com as “amizades” dos líderes religiosos, procure saber realmente em que ele crê. E qual é a sua proposta com relação a palavra de Deus. Portanto, provai os espíritos, pois, nem todos são santos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Estamos aguardando o reino?

Atualmente no mundo existem mais de dois bilhões de “cristãos”. Todos crendo que estão agradando a Deus. Não podemos dizer com certeza se a maioria deles estão preocupados com a salvação, o fato é que muitos só se darão conta da salvação quando não forem salvos. O que nós entendemos por salvação? Cremos que a nossa salvação foi efetuada por Jesus Cristo ao morrer em nosso lugar como nos diz Ef. 5:2 sendo assim não seria mais fácil crer que todos já estão salvos? Na verdade este é o pensamento dos que acreditam na salvação universal, esta teoria chama-se universalismo e não é bíblica. Alguém dirá então: afinal, Jesus nos salvou ou não? Salvou-nos. Porém não a todos. Outro fato é que a nossa salvação se dá em duas oportunidades, uma foi na morte de Cristo, e a outra será quando ele vier implantar o seu reino milenar. Vale salientar que os que estiverem sido salvos por Cristo, serão salvos na implantação do seu reino, e o oposto se dará da mesma forma. É a mesma salvação, uma foi espiritual que tem por objetivo transformar a nossa natureza e a outra será literal, quando Jesus vier para destruir aqueles que estarão destruindo a terra conforme nos diz Is. 24:6, Jr. 25:32-33, 2ª Pe. 3:10-13, Ap. 11:18. Esta salvação que será efetuada, na verdade será o recolhimento dos salvos nas nuvens conforme 1ª Ts. 4:15-17, como vimos para que esta salvação se materialize terá sido necessário Jesus ter nos salvados de nossas transgressões. Ou seja, a salvação é única. Aí então entra o ponto crucial, que talvez a grande maioria dos cristãos estejam despercebidos, como nós entraremos no reino de Deus e de Cristo? João 3:1-7 começa a nos dizer. Eis aí o porquê que com mais de dois bilhões de “cristãos” e o mundo vai de mal a pior, a grande maioria que se dizem cristãos não nasceram de novo. E isso é terrível do ponto de vista individual. Vivemos em um mundo onde somos doutrinados a fazer as mesmas coisas que todos fazem, e isso não é nascer de novo. Muitas das vezes julgamos a espiritualidade das pessoas por aquilo que ela faz ou mesmo por que ela tem isso é um erro. Ninguém e nada neste mundo é padrão para a minha salvação, o único padrão que viveu entre nós foi Jesus Cristo, o único padrão que temos para a nossa salvação, atualmente é a bíblia. E a bíblia continua nos apresentando o método para entrarmos no reino milenar, Rm. 6: 19, a santificação é um processo natural da salvação, que Deus opera em nós, não é obtida por força Rm. 6: 22 vemos aí que a vida eterna é precedida pela santificação, ou pelo nascer de novo. Nascer da água e do espírito, se tal individuo não nascer, não participará do reino de Deus. 1ª Ts. 4: 3 , Mt. 5: 20 percebemos que Jesus nos diz reino dos céus e não reino nos céus, ou seja, o reino que virá dos céus. Jesus também nos diz que a religião sem santificação ou que não promove um novo nascimento é vã. Muitos acreditam que Deus nos ama tanto mais tanto que nos salvará de qualquer jeito, só que isso não é uma realidade como disse no reino de Deus só entrarão os que estiverem sendo santificados, e para entrar no reino de Deus precisa só de uma coisa, querer, anelar, buscar o reino de Deus. 1ª Co. 15: 50 muitos estão agindo igual aos judeus nos dias de João Batista, o fato de serem judeus descendentes de Abraão, pensavam eles que isso era garantia para que Deus pudesse aceita-los. O que João disse para eles? Lc. 3: 8 atualmente funciona do mesmo jeito, dizem todos sou cristão. O próprio Jesus nos dá uma dica de como é anelar o reino de Deus, está escrito em Mt. 13: 44 O reino de Deus ou o reino dos céus é de grande valor é comparado a um tesouro, nesta parábola o homem dá tanta importância para o tesouro que representa o reino que vende tudo, com o objetivo de fazer dinheiro para comprar o campo onde estava o tesouro. A situação hoje é inversa, os denominados cristãos compram tudo o que podem, pensam pouco ou quase nada no reino, contudo não abrem mão de perdê-lo, só não anelam para obtê-lo. Conforme lemos a cima, carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, o apostolo na verdade está dizendo que com esta natureza ninguém entrará no Reino de Deus. Isso se dá pelo fato da não santificação, quando o indivíduo se diz cristão e não busca pelo espiritual o que irá sobressair naturalmente será a sua natureza carnal. 1ª Co. 6: 10 e 19 Jesus disse algo que raramente meditamos se encontra em Mt. 16: 26 quando morre alguém que conhecemos sem querer julgar tal individuo pensamos: qual será a “sorte” de fulano? Em termos de salvação é claro. São acontecimentos que todos estamos sujeitos, sabemos também pelo relato bíblico de uma forma humana de ver a salvação, que a entrada para o reino de Deus só será obtida quando existir a vida, após a morte não existe chances para salvação, Hb. 9: 27. Jesus foi um exemplo real, um modelo para todo o viver do cristão, por exemplo: a bíblia diz que Jesus apesar de ser o legitimo filho de Deus, a quem o espírito de Deus habitava em toda a sua plenitude humilhou-se, com o objetivo único de ser exaltado. A sua exaltação não deu antes da sua humilhação, o mesmo deve ocorrer conosco, lembrem-se, carne e sangue não podem herdar o reino, a carne e o sangue trazem o que está escrito em Gl. 5: 21 o final do verso nos diz que os que continuarem agindo assim o que acontecerá? Não herdarão o reino de Deus. Portanto, nós só entraremos no reino se nascermos de novo, não adianta dizer que sou de tal denominação, de igreja verdadeira, nada disso nos levará para o reino de Cristo. Em outra parábola Jesus demonstrou o que o reino dos céus pode fazer em nós, Mt. 13: 33 como sabemos o fermento apesar de ser menos quantidade que o trigo, tem o poder para levedar toda a massa e em alguns minutos o fermento faz parte integral do trigo. Nós que conhecemos a respeito do reino de Deus, será que ele está impregnado em nossas vidas? Ou as coisas desta vida têm vedado essa possibilidade? Em outra parábola como Jesus comparou aqueles que não são aptos para realizarem um trabalho? Lc. 9: 62 será que nó cristãos não estamos olhando para trás? Se estivermos, a bíblia ou o próprio Jesus nos diz claramente que não somos aptos para o reino de Deus, qual é o conselho que o apostolo Pedro nos dá com relação a nossa santificação? 2ª Pe. 1: 10-11.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jesus, nosso substituto.

A condição espiritual da humanidade e principalmente dos que se consideram cristãos não é nada invejável, lógico que não poderia me eximir dessa condição que nos encontramos. Qual é o pensamento que está incutido na mentalidade do mundo cristão da atualidade, concernente a sua condição espiritual perante Deus? Penso que para muitos o fato de prosperarem materialmente, os coloca com uma falsa impressão da aprovação de Deus. Quando digo cristãos, me refiro a todos aqueles que professam e dizem conhecer a bíblia, pois cremos ser ela o meio pelo qual Deus se comunica com o homem. Para aqueles que desconsideram os escritos bíblicos não tenho nada a dizer, o futuro que os aguarda é quem dirá. Rm. 3.9 e 23. Ez. 18.4 e 20. Mediante a estas declarações o que fazer? Se todos indistintamente pecam, e se aquele que pecar morrerá, como ficará o nosso caso? A morte a qual a bíblia está dizendo não é a morte natural, mas sim a morte eterna. O outro lado da moeda é: não temos por nós mesmos o poder de deixar de pecar e muito menos de anular o processo da morte espiritual. O pecado entrou na nossa natureza e tornou-se parte de nós, por nenhum momento temos a condição de agradar a Deus. Como sabemos não existe nada nesta vida que não traga a sua conseqüência, o pecado trás consigo as suas conseqüências. Muitas das vezes nesta vida, com dor e sofrimento e a conseqüência maior será a morte eterna. Rm. 6.23 - Como sabemos, o pecado é a transgressão da vontade divina, naturalmente Deus tem um governo e neste governo existem leis que devem ser respeitadas, caso contrário, o transgressor sofrerá as conseqüências. Rm. 7.7. Como Deus trataria a questão do pecado? Penso que existiam três maneiras para Deus pudesse sanar esta questão. (1) ou Ele Deus, abolia a lei, (2) ou exterminava o homem, (3) ou poupava o homem, e de alguma forma satisfaria o que a sua lei exigia. Neste caso, as duas primeiras questões não satisfariam eternamente a Deus. Ou seja, caso Deus houvesse abolido a sua lei, a miséria que o mundo se encontra não teria fim, pois não haveria um juízo para punir tamanha maldade. Caso houvesse Deus exterminado a sua criação naturalmente Deus não seria Deus, Ele teria sido pego de surpresa pelo pecado, algo que não aconteceu. Jó. 41.1-2, Pv. 21.30. Graças a Deus que em seu plano eterno e sem erros, Deus proveu o meio mais eficiente para a salvação. E este meio, foi o nosso Senhor e mestre Jesus Cristo. 1ª Jo. 5.11. Como pode Deus nos salvar por meio de Cristo? O que a bíblia nos mostra é que necessitaria de um homem, semelhante a nós em tudo, que fosse sem pecado, para que pudesse agradar a Deus, e este homem foi Jesus o filho de Deus. E Deus por misericórdia e bondade fez isso, nos deu o seu próprio filho. A maioria da cristandade argumenta que foi necessário o próprio Deus se fazer carne para morrer pelos pecados do homem. Outros que foi o filho de Deus gerado na eternidade que fez isso. Porém, o que a bíblia nos diz? Is 53.3, Jo. 9.11, 19.5, At. 2.22, Rm. 5.15. 1ª Tm. 2.5. A bíblia nos diz que o homem pecou e não Deus ou um semideus, por isso, necessário foi um idêntico a nós em tudo pagar voluntariamente pela transgressão que cometemos. A transgressão da lei requer a morte e se Jesus não fosse completamente humano como poderia ser o sacrifício perfeito? E foi exatamente isso que a bíblia nos diz. Hb. 2.17, 4.15. Que glória haveria, caso fosse o próprio Deus ou um quase Deus ter vivido aqui nesta terra e ter vencido o pecado? Sempre haveria uma indagação a se fazer: foi o homem, ou foi Deus quem venceu? A bíblia nos estimula a sermos perfeitos, em resposta nós poderíamos dizer à perfeição que Deus e Jesus exigem, está alem de minhas possibilidades, não somos sobrenaturais. Por isso a bíblia nos diz que Jesus foi semelhante a nós em tudo. Exceto a sua concepção, que foi sobrenatural. Neste caso teve a participação direta de Deus que Pela atuação do seu poder, ou seja, por meio do seu espírito, Deus milagrosamente teve um filho. Lc. 1.31-35. Foi aí que João pode dizer: Jo. 1.14 o verbo ou palavra se tornou carne, a ação, o plano, o pensamento de Deus se tornou carne por meio de uma mulher. 2ª Co. 5.21, o não conhecer aqui significa praticar. Jesus não praticou um só ato pecaminoso, por isso seria a oferta perfeita para Deus e por meio desta oferta, todos que se achegassem a Deus por meio de Cristo, seriam considerados justos. Hb. 5.7-10 somente Deus para arquitetar um plano maravilhoso e justo como este, conseguindo assim preservar a espécie humana, dando oportunidade de arrependimento, misericórdia para os que se arrependem e juízo para os reprovados. Fez isso por meio de Jesus Cristo. Is. 53. 4-12 Como sabemos, essa justiça que nos foi repassada só é realmente repassada para aqueles que estão unidos com o nosso substituto, ou Jesus Cristo. Rm. 8.1, 2ª Co. 5.17, Gl, 2.20, Jo. 15.14 estar em Cristo é obedecê-lo, agradando a Jesus naturalmente estaremos agradando a Deus, pois foi o próprio Jesus que disse em Jo. 14.6, Jesus com a sua vida perfeita, foi e é o único caminho que nos leva a Deus. Depois de sua vitoria sobre o pecado, garantindo para todos aqueles que crêem realmente em seu nome uma reconciliação com Deus, o que Deus fez para Jesus? At.2.36, Ef. 1.17-23, Fl. 2.9-11, Hb. 1.6, Jesus por ser o filho de Deus e o único ser perfeito em todos os caminhos, foi o maior representante de Deus que já existiu, por isso a bíblia diz que ele é Deus conosco, não que ele fosse o próprio Deus, mais sim o tabernáculo que “abrigou” a Deus. Jesus que foi humilhado, porém Deus o exaltou, ele foi o caminho ou o meio pelo qual Deus esteve com o seu povo, Jo. 10.38, 14.10-11, 17.11, 2ª Co. 5.19. Este Jesus é o nosso Senhor, a quem devemos obedecer, a ele foi dado o reino. Ele é o cabeça de todo o homem e também o da igreja, Ele é o Rei, que reinará por mil anos, por isso merece o nosso respeito, admiração e reverencia, pois ao tratarmos dele é o mesmo que estivéssemos tratando do próprio Deus, os próprios anjos ao se dirigirem a sua pessoa disseram Ap. 5.12-13.

domingo, 15 de agosto de 2010

O "título" Deus.


 

      No que diz respeito a religiosidade, vivemos em um país “cristão ortodoxo” Respaldado pelos pais da igreja, e nesta cultura religiosa aprendemos desde pequenos, uma só coisa acerca da pessoa de Deus. Ou seja, Deus é trinitário. Todos os ramos da cristandade quase sem exceção ensinam assim, então torna-se realmente difícil entender de outra forma. O que a bíblia nos ensina sobre isso. Jo. 17. 3 a palavra grega único deste verso é monos e quer dizer: sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, único, somente.
          
1ª Co. 8. 6 já a palavra grega (um) deste verso é heis e quer dizer:  numeral (1) um. Que é a mesma palavra usada para Ef. 4. 6. A bíblia nos diz nestes e em outros versos que Deus é um só, um de unidade não de tri-unidade, sendo assim, resta uma pergunta: porque a resistência quanto ao claro ensinamento bíblico? Isso acontece pelo fato de haver textos bíblicos que dizem que Jesus e outros seres também são deus, como conciliar o fato incontestável apresentado na bíblia que só o Pai é o único Deus verdadeiro? Existe alguma contradição na bíblia?

Não, não existe. O que existe na realidade são más interpretações da mesma, existe uma aceitação e acomodação muito grande por aquilo que foi e é ensinado no cristianismo. Muitos por conveniência não querem ver, outros por acomodação e outras dificuldades não podem ver o que o texto bíblico quer realmente dizer. Vale lembrar ainda que os escritores da bíblia nunca tiveram a intenção em dizer ou fazer alguém crer que Jesus Cristo é Deus, além de Deus o pai, pelo contrário, eles sempre ensinaram que Jesus é o filho de Deus, eis alguns textos dentre muitos que nos confirmam isso. Mt. 16.16, At. 8. 37.

No entanto, há algumas poucas referências onde Jesus é chamado de “Deus”. Vamos citar algumas destas referências aqui, e são elas: Is. 9. 6, Hb. 1. 8. João 1. 1, Rm. 9. 5 esses textos são utilizados para tentar provar a trindade assim como João 1.1 e Romanos 9. 5; Em ambos os casos não deve de se interpretar assim, pois, João 1.1 não é uma referencia de uma outra pessoa com Deus, caso fosse assim o monoteísmo bíblico deixaria de existir; na verdade o texto retrata a materialização dos intentos de Deus. Já romanos 9.5, a tradução que temos em mãos é tendenciosa, existem outras traduções divergentes, que dizem assim: “Cristo segundo a carne, louvado para sempre seja Deus, que está sobre todas as coisas”. 

E quanto a Isaías 9. 6 e hebreus 1. 8 não existem qualquer contradição bíblica a este respeito, devemos entender qual é ou quais são os significados da palavra “Deus”. Para facilitar nossa compreensão a respeito dessa palavra. Vamos mostrar os possíveis significados da palavra “Homem”, para posteriormente analisar o significado da palavra “Deus”. O que significa a palavra “homem”? Uns poderão definir “homem” como um adulto do sexo masculino. Esta definição está correta quando consideramos uma interpretação restrita chamada de (stricto sensu). Qual o significado destas palavras? É uma locução latina que significa literalmente sentido estreito, isto é a palavra entendida no seu sentido mais limitado, estreito. 

No entanto, é possível interpretar o termo “homem” de forma ampla, abrangente chamada de (lato sensu). Que quer dizer amplo, dilatado, Quando dizemos que o homem tem destruído a natureza, estamos nos referindo ao gênero humano, à raça humana - homens e mulheres. Portanto, é possível usar a palavra “homem” num sentido restrito (significando adulto do sexo masculino) ou no sentido amplo (significando ser humano). Tendo isso em mente, tente responder à seguinte pergunta: Eva foi homem? A resposta depende da abrangência que estou considerando para o termo “homem”. Se considerar o termo “homem” no sentido restrito, então a resposta é não! Eva não foi homem, mas mulher.

No entanto, se o sentido amplo da palavra homem for adotado, então Eva pode ser considerada um homem, uma pessoa de natureza humana, como citado em Gn. 5. 1-2. É claro que a palavra homem, neste verso, tem o significado amplo, abrangente - significa ser humano. No sentido restrito, apenas Adão era homem. Mas em alguns momentos, quando a palavra homem aparece com o sentido amplo, é possível enquadrar Eva como homem. Da mesma forma, a palavra “Deus” pode assumir um significado restrito ou amplo. No sentido restrito, é correto dizer que apenas o Pai é Deus - assim como dissemos que só Adão é homem.

Vejamos estes versos: Sl. 82. 6, a palavra hebraica para este verso é elohiym e significa: (governantes, juízes, seres divinos, anjos, deuses, deusa, divino, obras ou possessões especiais de Deus, e verdadeiro Deus). Só que neste verso quem estava sendo chamado de deus era os líderes judaicos, então o título Deus não se refere somente a pessoa de Deus o pai. Outros versos, Ex. 4.16, Jz.6.10,  Is.36.18. todos estes versos tem o mesmo significado, Eloim ou Theos tanto para o Deus verdadeiro quanto para os falsos, e para a palavra deus no sentido amplo, isso significa que não só por serem deuses eles são o verdadeiro Deus, receberam esse título por estarem acima dos demais homens.

Por exemplo: os deuses das nações não são nada, mas os povos lhe atribuem alguma autoridade e reverencia , Moisés foi deus pelo fato do próprio Deus lhe dar autoridade sobre os israelitas e até mesmo sobre os egípcios. At. 12. 21-22, o mesmo ocorreu com o rei Herodes, como ele era rei o povo lhe atribuiu status de deus. A palavra ou o título deus no sentido amplo é utilizado então para pessoas e seres que tem, ou ostenta um poder maior que os outros, por isso em alguns casos Jesus foi chamado de deus.

Vale lembrar também que todas as palavra Deus encontradas na bíblia eram todas maiúscula, a diferenciação passou a existir a partir do XII século, dC. Mt. 28.18, Fl. 2.9, o fato da bíblia dizer que Jesus venceu na sua carne o pecado, lhe garantiu um status que a nenhuma outra criatura foi dada, no sentido amplo ou abrangente Jesus é Deus, mas como vimos no sentido restrito ou limitado somente o pai é Deus. 

Jo. 20. 17. Ap.3. 12, Outro fato que nós devemos atentar e compreender, é que a palavra Deus não é nome de alguém, Deus é um título, assim como anjo e homens também são títulos, neste caso Deus é um título para designar alguém superior a outro, e quando a bíblia diz Deus Pai não encontramos ninguém superior a ele, ou seja, não existe o Deus de Deus pai. Ao contrário, a bíblia diz que há muitos deuses e muitos senhores, 1ª Co. 8. 5, diz também que só há um Deus dos deuses, Sl. 136. 2, o fato de ser o Deus dos Deuses naturalmente o põe acima de todos os demais.

Como disse, não existe um verso bíblico que mencione o Deus de Deus o pai, mas a bíblia diz claramente que existe o Deus de Jesus Cristo. Em meio a vários atributos referente a pessoa de Deus o pai existe um que o diferencia de todos os demais, 1ª Tm. 1.17, 6.16, todos os outros personagens humanos que foram e são chamados de “deuses” ou morreram, ou irão morrer, só Jesus foi ressuscitado. Ao contrário Deus o pai não morreu e nem irá morrer.

domingo, 1 de agosto de 2010

O Pecado.

Infelizmente, nós seres humanos somos tendentes ao pecado. O ato de pecar é só uma conseqüência do que somos. Até mesmo o casal no éden já tinha pré-disposição para o pecado, Gn. 3.6, Rm. 7.7, percebemos que a cobiça é pecado, como vimos, Eva mesmo antes de externar as suas ações cobiçou o fruto da ciência do bem e do mal. O objetivo não é classificar os pecados bárbaros e premeditados, mais sim aqueles que muitas das vezes achamos que não são pecados. Como classificar o que é pecado? Jo. 8.34, a palavra grega neste verso é hamartia e significa: (errar o alvo, errar, estar errado, errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra. Fazer ou andar no erro, desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, aquilo que é errado, uma ofença, violação da lei divina em pensamento ou em ação, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou por várias). Concordando com isso o apostolo João nos diz o mesmo na sua carta. 1ª Jo. 3.4. Analisando estas palavras percebemos que todos nós sem distinção somos escravos do pecado, pois ele Jesus disse: (todo o que comete pecado é escravo do pecado). Ec. 7.20, muitas das vezes quando fazemos uma auto avaliação sobre nossa condição espiritual e julgamos que não estamos tão mal na nossa caminhada, esquecemos que não é o praticar o mal que é pecado, mais sim ter nascido pecador, o praticar o mal é simplesmente uma extensão daquilo que somos. E muitos que não tem conhecimento da bíblia externam de várias formas as suas mas ações, em muitos casos chegam ao extremo da mesma. Aqueles que “conhecem” a bíblia muitas das vezes não matam, não roubam efim, não vão ao extremo do ato do pecado e com isso seguem uma vida “tranquila” perante os homens; algo que devemos sempre intentar em fazer. Porém, a vida espiritual exige mais do que isso. Tg. 4.4, 1ª Jo. 2.15-16, - o amor ao mundo. Quando a bíblia nos aconselha a não amarmos o mundo, ela está dizendo para não seguirmos os padrões, as tendências, as modas, enfim o sistema que rege e que tem agradado a humanidade. Rm.12.1-2, a palavra grega para conformar é suschematizo e significa: (conformar-se com a mente e caráter de alguém, ao padrão de outro, moldar-se, está de acordo). Será que estamos procurando agradar a Deus, ou estamos nos conformando com esse sistema? A bíblia descreve ou nos mostra o aferidor para sabermos discernir se estamos nos conformando com o mundo ou agradando a Deus. Dt. 6.5, Mc.12.30, ou amo a Deus, a Cristo, Jo. 21.15, ou amo o mundo, 1ª Jo. 2.15-16. Amar neste caso é o mesmo que está sujeito, não existe meio termo. Sei que é problematico a questão, pois somos condicionados a seguir o sistema, o próprio Paulo nos fala sobre isso em Rm. 7.19-20, precisamos então definir o que é estar preso pelo pecado. Sabemos que tudo contribue humanamente falando para a prática do pecado,(1) nascemos com essa inclinação,(2) o sistema mundano foi estabelecido por pecadores. Muitos acreditam que pecar é cometer delito grave, mas não é só isso, como vimos nos texto de 1ª João 2.15, é algo além disso, reparem o que ele diz: {Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele}. Este é um texto que nós devemos meditar, muitas das vezes pensamos que determinado ato que fazemos incorporamos ou seguimos é normal e dentro da ótica humana talvez seja mesmo, porém, a bíblia nos diz que as obras da carne não agradam a Deus. Rm.6.16, 8.5-8 como vimos nestes versos, o fato de estar em conformidade com o mundo é o mesmo que ter a reprovação de Deus, é ser escravo do pecado que leva a morte,não a morte física a qual todos estamos sugeitos, mais sim o fim da existência para tal indivíduo. Como vivem as pessoas que não conhecem e em muitos casos resistem conhecer a Deus? Qual será os seus destinos? 1ª Co.6.9-10, Gl.5.21, qual é o conselho que o apostolo nos dá? Cl.3.5-6, na verdade o que a bíblia nos propõe é um novo modelo de vida, algo realmente novo não em existência, mais sim em prática em nossas vidas, a bíblia chama esse estágio, de morte para o pecado. Rm.6.1-3. Para nós que cremos e queremos, resta uma pergunta, o que fazer para conquistar ou atingir este objetivo? Jesus nos responde, Jo. 8.34-36, Rm.8.10, na linguagem bíblica o está em Cristo tem o mesmo significado que Cristo está em nós, ou seja, significa que reconheci que sou incapaz perante Deus em agrada-lo, e por isso preciso ter o mesmo espirito que regia a conduta de Jesus em minha vida. Isso significa de alguma forma que posso viver ao meu bel prazer? De modo nenhum! Pois está em cristo é viver como ele viveu, Jesus de nenhuma forma tinha prazer no mundo e no pecado, pelo contrário a lei de Deus estava no seu coração, sobre isso existe uma profecia sobre o Messias que está registrada no Sl. 40.7-8. Lc.4.16-18, Jesus vivia sob o espírito de Deus o qual lhe guiava, naturalmente o espírito de Deus conduzi-a-o de forma a vencer a tentação e o pecado. E se o mesmo espírito estiver sobre nós então também seremos resistentes ao pecado. Rm. 8.11, este novo modelo o qual os apostolos esperimentaram é algo completamente contrário a nossa natureza, mas de vital importância para a nossa salvação. Hb.12.14, para o mundo o que temos tratado neste compêndio é algo absurdo e podem pensar que sofro de anedonia, o que não é uma realidade, procuro me orientar segundo os ditames da bíblia, e ter prazer naquilo que é saudável. O resto não me preocupo. O que temos que nos preocupar é que vivemos em uma época onde o padrão e o modelo mundano tende a nos prender de todas as formas, isso é feito com o objetivo de nos enlaçar no pecado, e isso para o cristão não é saudável. Pelo contrário, a bíblia nos orienta a despreendermos do pecado que de perto nos rodeia. Hb.12.1. E lembrem-se, por estarmos com a mente cauterizada devido ao contexto em que vivemos o pecado nem sempre se apresenta como pecado, ou algo maligno, somente a bíblia para nos revelar a realidade que nos rodeia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Encarnação, um forte apelo espírita.

A Defesa da Preexistência de Jesus como um Ser imortal ou como anjo antes de vir a esta terra, tem forte apelo espírita. Deste modo estão dando forte argumento aos espíritas que ensinam a doutrina falsa da re-encarnação. Segundo o conceito espírita, re-encarnação significa a volta do Espírito à vida corpórea, mas num outro corpo, sem qualquer espécie de ligação com o antigo. Usa-se também o termo PALINGENESIA, proveniente de duas palavras gregas – PALIN, de novo; GENESIS – nascimento.
FONTE: (http://aprendizadoespirita.wordpress.com/2010/03/14/encarnacao-encarnacao/).

Segundo eles, os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais em poder, inteligência, saber e nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros por sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem: são os anjos ou Espíritos puros.

Jesus para os espíritas é a manifestação de um Espírito Superior, a mais elevada entidade encarnada, o maior dos “missionários” enviados por Deus ao mundo, para ensinar aos homens que a verdadeira vida não é a transcorrida na terra, mas a que será vivida no além, indicar-lhes o caminho que conduz a ela e os meios para alcançá-la. (Grifos meus).
FONTE: (O Espiritismo no Brasil, pág 384-401).

Jesus foi o Diretor angélico do orbe terreno, acompanhou todo o processo de formação da Terra, o primórdio da vida no planeta, e vem seguindo, com a mais extremada atenção, a todos os espíritos que vinculados a este orbe, desenvolvem valores éticos e culturais. Mostra Emmanuel que Jesus não pode ser compreendido como um simples filósofo, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, conseguidos à custa de inumeráveis encarnações em mundos, hoje já inexistentes. Esteve encarnado em nosso planeta uma única vez, e tornou-se, na expressão do Codificador, o "modelo e guia para a humanidade", haja vista ter sido Jesus o único Espírito Puro a envolver-se nos fluidos carnais da Terra. (Grifos meus).
Fonte: (http://www.riodeluz.net/index.php?Lugar=Pag_4).

COMENTÁRIO - Segundo o exposto acima, podemos perceber uma certa analogia da doutrina espírita com a doutrina da encarnação, feita pelos defensores de uma preexistência de Jesus antes de nascer nesta terra. Aqui se faz necessária uma aclaração de termos.

Como foi dito no início deste livro, para os trinitarianos, Jesus sempre foi “eterno”, nunca teve uma “origem”, ao passo que para os defensores da preexistência, Jesus teve uma “origem” lá na eternidade, antes da criação de todas as coisas, inclusive foi Ele (Jesus) que foi o criador de tudo.
O forte apelo espírita está baseado na premissa que se Jesus “existia” antes de nascer como homem, necessariamente deve haver “existido” sob alguma forma espiritual, pois ninguém concebe Jesus em sua preexistência, sem ter uma forma pessoal, corpórea, sem ser uma pessoa. Se Ele não possuía a humanidade até nascer, é óbvio que deveria então “existir” sob alguma forma corpórea-espiritual. É aqui que entra o conceito espírita! Ele existia como um Espírito Superior!!
Como ensina a doutrina espírita, Jesus era um SER SUPERIOR, enviado por Deus ao mundo e que acompanhou todo o processo de formação da Terra (Orbe terreno).

Para os defensores da preexistência, Jesus “saiu” de Deus em um tempo desconhecido por nós humanos na eternidade, porém ninguém informa como se deu este processo. Apenas, limitam-se a escolher aleatoriamente textos das escrituras, isolados de seus contextos, para dar apoio à esta teoria. Assim também fazem os trinitarianos para “provar” a trindade com a bíblia. Certamente este Espírito Superior, segundo os defensores da preexistência, foi aquele que abandonou sua antiga forma “corpórea – espiritual” para nascer como um bebê em Belém.

Com todo o respeito àqueles que acreditam na teologia tradicional da encarnação, gostaria apenas de destacar, que esta doutrina comum no universo pagão pré e pós-cristão é estranha ao pensamento bíblico. São invenções da mente humana e descritas nos concílios romanos.

A doutrina basicamente implica que um ser que não é carne, se torne carne. Tornar-se carne, é passar de um estado que NÃO É CARNE a outro QUE É CARNE.
Nas religiões pagãs eram geralmente os próprios deuses os que se encarnavam: deuses que tomavam corpos de carne, ou seja, se convertiam em seres humanos.

Mas existem muitas religiões que afirmam que os próprios seres humanos se encarnam, por exemplo, dentro do budismo e o hinduísmo se crê que ao morrer a alma de uma pessoa volta a encarnar-se em um animal ou pessoa diferente. Este processo se chama RE-ENCARNAÇÃO, ou seja, uma ENCARNAÇÃO REPETIDA.

A igreja dos santos dos últimos dias afirma que todos os seres humanos se encarnam ao nascer, posto que todos éramos anjos antes de vir a terra. Este processo o chamam de “PRÉ-EXISTENCIA CELESTIAL”.
Embora o cristianismo tradicional rejeita a encarnação dos seres humanos em geral, algumas igrejas crêem que Jesus, O Messias foi um ser diferente antes de nascer e que ENCARNOU em um corpo humano de um bebê no ventre de Maria. (EM ESSÊNCIA UM ENSINO ESPÍRITA).

Para alguns grupos, como os TESTEMUNHAS DE JEOVÁ e os Adventistas do 7º Dia, Jesus foi o arcanjo Miguel antes de vir a terra e disfarçou-se de homem quando se encarnou. Não existe na bíblia nenhum texto, passagem ou noção que afirme tal coisa. Jesus nunca é chamado de Miguel, nem Miguel afirma ser o Messias que haveria de encarnar-se. Na verdade, um arcanjo quer dizer ANJO-CHEFE, e não uma espécie separada de anjo. Ser o ARCANJO implica ser o ANJO PRINCIPAL, porém, não com uma natureza diferente da dos anjos. A epístola aos hebreus refuta esta heresia de que o Messias teria sido algum dia um anjo. Jesus é superior aos anjos. (veja Hebreus 1 e 2).

Há um texto que diz que Jesus virá com voz de arcanjo (1 Tess. 4:16) e isso o converte no Arcanjo Miguel? No mesmo verso também diz que Ele virá com a trombeta de Deus, então se aplicarmos o mesmo princípio, deveríamos dizer que isto o converte em DEUS, porque Ele vem com a trombeta de Deus? A bíblia também chama Jesus de LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ, deveríamos então afirmar que Jesus é um leão por natureza?

Voltando à encarnação, desde o princípio a escritura deixa claro qual é a origem e o destino do homem: porquanto és pó e em pó te tornarás (Gen 3:19b).

Nós não encarnamos, pois nunca fomos outra coisa que não CARNE, simplesmente nascemos.

De onde Adão foi tomado? Do pó da terra. Antes de nascer simplesmente não existia, o que é óbvio, pois a palavra NASCER significa EXISTIR, INICIAR SUA VIDA. Não se pode crer na PREEXISTÊNCIA de um ser em outra dimensão ou esfera existencial sem crer na encarnação. É como acreditar no fogo do inferno ou no purgatório: deve-se crer em uma alma imortal. Sem uma alma imortal, não existe NADA que possa ir ao inferno sofrer.

Para que um ser possa haver PREEXISTIDO, tem que haver EXISTIDO EM ALGUM LUGAR ANTES. Tem que haver existido, porém de alguma forma diferente, ou numa existência prévia. Dado que os seres humanos são DE CARNE, se um ser humano (como se crê em relação a Cristo) PRÉ-EXISTIU, então se subentende que se tornou um ser humano através de um PROCESSO – O DA ENCARNAÇÃO, que as escrituras absolutamente não descrevem.

A atração psicológica de um Jesus não-humano

Gostaria de sugerir nesta parte, que cada falsa compreensão da Bíblia, cada doutrina errada, tem algum tipo de base psicológica para ela, e que, muitas vezes, isso envolve uma desculpa para a reprovação do desafio de crer na Palavra de Deus. Crer que Jesus de Nazaré era apenas um ser humano, nunca pecou, morreu e ressuscitou, realmente nos exige muita fé. O simples relato bíblico realmente necessita de mais fé do que possa parecer à primeira vista.

Acreditar que há 2010 anos atrás, um homem perfeito morreu ... e depois de três dias, Deus o ressuscitou e que 40 dias depois, ele subiu em direção ao céu e de alguma forma o céu o tomou, sim, ela exige fé para entender a realidade pessoal, concreta e histórica de tudo isto. Por isso que muitos crêem na trindade e na preexistência literal. Isto não lhe exige fé. Para muitos se torna em mistério e ponto final. Muitos acabam afirmando que não têm como compreender e se fecham em seus argumentos. Soa muito mais “altivo, excelso” crer num salvador assim, do que crer no “homem de dores, experimentado nos trabalhos” descrito na bíblia (Isaías 53:3b).

É muito mais fácil deixar de lado o desafio de crer nas escrituras e dizer: Na verdade, ele era Deus mesmo, ou um Filho Divino preexistente!!
No Século 1, Israel tropeçou na humanidade de Jesus. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, o irmão de Tiago? E escandalizavam-se nele” (Mc. 6:3).

Em essência, a mesma coisa está acontecendo com os defensores da preexistência literal.
Jesus, Filho de Deus, o ser humano perfeito ... era verdadeiramente humano, com irmãos, mãe e parentes humanos. E assim eles tropeçaram em várias teorias e teologias erradas a respeito de Jesus para tentar racionalizar e espiritualmente legitimar a sua falta de fé nEle como uma pessoa humana.
Os primeiros cristãos também devem ter lutado com a questão de como poderia UM HOMEM ter feito tudo isso? Como isso pode ser verdade sobre UM HOMEM? E assim os outros cristãos posteriormente tomaram o caminho mais fácil, foi reprovada a questão, decidindo que Jesus deve ter sido Deus.

Da mesma forma, há o desafio do fato de que Jesus é explicado nas Escrituras como nosso representante, mas que nos requer muita fé, mas o cristianismo em geral que buscou esta demanda substituiu-o por outra figura, UMA FIGURA VINDA DO CÉU, distinta daquela descrita na bíblia, mas o Senhor Jesus definiu um padrão - humilhação e sofrimento, seguido de glorificação.

No entanto, a concepção comum sobre Jesus está errada: o caminho preexistente na glória do céu, seguida por humilhação, em seguida, um retorno à glória. A Bíblia ensina claramente que a glória do Senhor Jesus foi ganha, foi a sua recompensa, e nós com os nossos corações dizemos: “Digno é o Cordeiro que foi morto!" para receber a glória, sabendo que nós também iniciamos uma trajetória semelhante à glória, com todas as experiências de humilhação na vida compreendidas nesse mesmo contexto.

Apesar do fato de que Jesus, evidentemente, preferia falar de si mesmo como “filho do homem”, os discípulos nunca são contabilizados como se referindo a ele dessa maneira. Esse desconforto psicológico com o Jesus humano é refletido pela maneira na qual um cristão do 2º século, o herege Valentino, começou a ensinar que Jesus comeu e bebeu “de uma forma especial, para que nenhum resíduo excretal fosse produzido” (Conforme citado em Larry Hurtado, Senhor Jesus Cristo (Cambridge: Eerdmans, 2003 - p. 528. 528.) O desejo humano de acreditar em um deus (COMO NO TRINITARIANISMO), em vez de um homem é demonstrado na atitude de Israel a Moisés. Eles disseram: “MAS vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, ajuntou-se o povo a Aarão, e disseram-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós: porque enquanto {a} este Moisés, {a} este HOMEM que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu." (Ex. 32:1,4).
Observe na passagem, como eles criaram um bezerro, mas o adoraram como DEUSES (plural). Eles cometeram a falácia da trindade muitos séculos antes. Eles não conseguiam segurar um salvador, que era humano, como eles, e então decidiram que um deus haveria de ser o seu salvador, que existe como uma pluralidade de deuses, dentro de uma unidade, ou seja, o bezerro de ouro. Jesus. A essência do Cristianismo é para ser direcionada à pessoa humana do Senhor Jesus. Observe os paralelos descritos pelo Apóstolo Paulo entre Cristo e Adão (1 Corintios 15:22/Rom.5:12).
Se Jesus não fosse plenamente humano, este paralelo se desintegraria.
Nunca houve uma pessoa que tivesse uma revelação tão clara do verdadeiro cristianismo como o apóstolo Paulo. A base de sua experiência era a sua união com Cristo. Sua vida estava de tal forma identificada com a Pessoa de Cristo, que ele dizia: “Estou crucificado com Cristo, logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Gálatas 2.20.
Nas epístolas, o apóstolo faz referência a si mesmo, resumindo a essência da vida cristã na expressão “homem em Cristo” (2 Coríntios 12:2). A vida de Paulo e a sua teologia nos ajudam a compreender o que significa ser um autêntico cristão, ou seja, um homem em Cristo.

Um dos livros mais significativos do Dr. Russel Shedd tem como título “A solidariedade da Raça: O Homem em Adão e em Cristo”. Trata-se da sua tese de doutorado, escrita em 1958. Nesta obra, Russel Shedd demonstra que a chave do entendimento do pensamento de Paulo sobre o homem, a salvação e a igreja está no conceito de “personalidade corporativa” que aparece nas Escrituras do Antigo Testamento e nos escritos rabínicos. O autor diz: “toda a antropologia e a soteriologia de Paulo estão construídas sobre os conceitos hebraicos da solidariedade da raça”. O apóstolo Paulo se apropriou do conceito “personalidade coletiva” do pensamento hebraico (o homem em comunidade) para demonstrar o que significa estar em Cristo e não mais em Adão.
Na época do Velho Testamento o povo judeu se entendia como uma unidade corporativa chamada Israel. Não havia como desvincular o indivíduo do grupo e o grupo do indivíduo. A idéia de uma personalidade coletiva era muito forte. O apóstolo Paulo não tinha dificuldade de pensar em termos de “personalidade corporativa” como nós, porque já estava acostumado a pensar desta forma. A partir deste conceito Paulo demonstrou que Adão e Cristo são as únicas “personalidades coletivas” diante de Deus. A Bíblia deixa bem claro que a humanidade está dividida em duas raças. A raça de Adão e a raça de Cristo. Ambos são cabeças universais da humanidade. Toda a humanidade está incluída nesses dois homens. Os atos destes dois homens tiveram efeitos sobre toda a raça humana.

A tendência é sempre que a nossa mente vagueie até as mais abstratas e menos exigentes coisas pessoais e ao invés de dizer que Jesus foi um homem elevado a Deus, o tornamos um Deus que se fez homem, filho do Pai, porém igual ao Pai (cf. declaração do Concílio de Nicéia, ano 325). Desta forma se observa que a Igreja como um todo se afastou do foco sobre o Jesus humano e real dos Evangelhos, porque eles se tornaram cada vez mais absorvidos em especulações sobre sua suposta vida anterior no céu (PREEXISTÊNCIA).

Para acreditar no verdadeiro Jesus, nos milagres de Deus em vidas humanas ao longo da história, era muito grande o desafio à fé e assim tudo foi tornado confortavelmente abstrato. Os escritores do Novo Testamento mostraram as coisas passadas, como a travessia do Mar Vermelho e os eventos no deserto como acontecimentos históricos reais, que foram tipos da obra de Cristo (1 Coríntios 10:1-4.; Hebreus 3, etc.).

Mas por volta do 2º Século, houve um afastamento da leitura desses eventos como tipos, e passaram a serem vistos como alegorias que já não eram os eventos de suma importância real e os personagens e acontecimentos foram considerados como alegóricos. Foi neste contexto de crescente abstração que os cristãos começaram a afastar-se do verdadeiro Cristo. Orígenes no terceiro século argumentou fortemente que as seções históricas da Bíblia deviam ser tomadas como alegoria e não como história literalmente precisa. Ele falou de estar na Bíblia “a verdade espiritual em mentiras históricas”, e passou a usar isso como uma desculpa para explicar por que o Senhor Jesus é apresentado como o ser humano e não divino dos Evangelhos.

Colaboração de:

MARCELO ALEXANDRE DO VALLE
[E-MAIL – marceloalexandrevalle@yahoo.com.br].

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O TESTE TEOLÓGICO

João, o Apóstolo, nos ensina a aplicar o teste teológico. Este teste é a medida de nossa própria compreensão da pessoa de Jesus. Quem é o verdadeiro Jesus? O teste é o seguinte:

1 João 4:2 - Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.

2 João 7 - Porque {já} muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este {tal} é o enganador e o anticristo.

O que significa confessar que Jesus “veio em carne”? A expressão “veio em carne” não é uma expressão corrente em nossa língua. É uma expressão que indica SIMPLESMENTE que Jesus era um ser humano (de carne e ossos). Então este teste é vital para a nossa compreensão. Existem sistemas de teologia existentes em nosso tempo, que negam que Jesus veio como um ser humano, PLENAMENTE?

O leitor deve entender que não se trata apenas de uma “CONFISSÃO TEÓRICA” que Jesus é um ser humano, pois até mesmo os trinitarianos dizem que Jesus é UM SER HUMANO. Eles apenas complementam que além de ser homem Ele era Deus também. Definir corretamente a natureza de Cristo é essencial para nossa salvação. Se dissermos que Jesus é O Filho preexistente ou um anjo, ou qualquer outra coisa que não homem no sentido pleno da palavra, seremos anticristos, e destinados à destruição pela ira de Deus que será revelada. Este teste também mostra um reconhecimento de que Deus e Jesus são pessoas diferentes. As diferenças entre Jesus e Deus são os aspectos mais básicos de suas naturezas.

Os defensores da preexistência, por sua vez, aplicam esta mesma interpretação para dizer que Jesus “VEIO” em carne, o que na concepção deles significa que O Jesus preexistente (FILHO DE DEUS) quando chegou o tempo, tomou a forma humana, SE TORNOU EM CARNE, VINDO DO CÉU À TERRA. Desta forma esta confissão teórica sobre Jesus está também deturpada de seu sentido, pois ela está apoiada exclusivamente nas decisões “oficiais” do credo de calcedônia e não na BÍBLIA.

Jesus na definição dos credos é chamado de homem “no sentido genérico, mas não é um homem realmente”. Ele tem a natureza humana, mas não é uma pessoa humana. A pessoa em si é a segunda pessoa da Santíssima Trindade, uma pessoa PREEXISTENTE. Jesus não tem um centro humano pessoal. Esta é a forma como o Concílio contorna o possível problema de dupla personalidade.

A definição dos concílios diz que o homem Jesus é verdadeiro. Mas se há duas naturezas nele [divina e humana, FUNDIDAS OU SEPARADAS PELO TEMPO], é evidente que uma vai dominar. E Jesus torna-se imediatamente muito diferente de nós e está longe da experiência humana comum. Jesus é tentado, mas não pode pecar, porque ele é Deus. Que tipo de tentação é essa? Ele tem pouco em comum com o tipo de lutas que estamos familiarizados.

Quando João nos mostra como aplicar o teste teológico, Ele o faz baseado na crença comum judaica e bíblica de quem seria o UNGIDO DE DEUS (UM SER HUMANO, NÃO UM SER PREEXISTENTE). Ele próprio em seu evangelho nos diz que o escreveu para que “creiamos que JESUS É O CRISTO (UNGIDO), O FILHO DE DEUS, e para que crendo tenhamos vida em seu nome. (João 20:31)”. Não confessar que Jesus veio em carne, significa NÃO CONFESSAR QUE JESUS, FILHO DE DEUS POSSUÍA UMA NATUREZA HUMANA COMPLETA.

Esta carta foi escrita por João contra os gnósticos que afirmavam que o nascimento de Jesus foi ilusório e que em realidade Jesus não era um ser humano senão apenas em aparência, disfarçado de ser humano.

Veja este importante paralelo descrito na própria epístola de João:

1 João 2:22 – Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que “JESUS é O CRISTO? É O anticristo esse mesmo que nega O PAI e O FILHO”. (Duas pessoas diferentes).

1 João 4:15 – Qualquer que confessar que “JESUS é O FILHO DE DEUS”, Deus está nele e Ele em Deus.

Em Mateus 16:16 vemos que Pedro afirma por revelação de Deus que Jesus é O Ungido, O Filho do Deus Vivo: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo

Essa relação fica clara nas palavras de Natanael a Jesus: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel. (João 1:49). Crer, portanto no Filho de Deus é crer que Ele é o futuro Rei de Israel.

Em Marcos 15:32 encontramos novamente esta mesma relação nas palavras dos escribas e sacerdotes: O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos. Também os que com ele foram crucificados o injuriavam.

O título FILHO DE DEUS equivale a Messias (Ou Ungido) e isto quer dizer também que corresponde ao título de “Rei de Israel”.

As igrejas são forçadas a esta posição por causa da sua convicção de que a pessoa de Jesus é o eterno segundo membro da Trindade. Jesus para as igrejas é essencialmente o próprio Deus que mais tarde se coloca sobre a natureza humana.

Cristo para os defensores da preexistência possui uma natureza humana completa sem uma personalidade humana completa, porque esta personalidade anteriormente DIVINA foi substituída por uma personalidade humana criada em Cristo.

Devemos lembrar que O TESTE VITAL DA VERDADE que se aplica a qualquer sistema de ensino tem a ver com a crença de que o verdadeiro Jesus é um verdadeiro ser humano (I João 4:2, II João 7).

Surpreendentemente, o FILHO DE DEUS PREEXISTENTE/ SEGUNDA PESSOA DA TRINDADE da crença tradicional não é uma pessoa humana genuína. Poderia o descendente prometido de Davi viver antes de Davi e ainda ser considerado seu descendente ? Uma única pessoa pode ser 100% Deus e 100% homem? Deus pode morrer? Se Jesus é Deus, e Deus não pode morrer (I Timóteo 6:16), Jesus não poderia ter morrido!

E se Jesus é Deus, ele deve ser onisciente. No entanto, o Jesus da Bíblia disse que ele não era onisciente. Ele não sabia o dia da sua vinda futura (Marcos 13:32).

Confessar que Jesus veio na carne implica também em aceitar que como ser humano Ele teve que ser ressuscitado por Deus, que era maior do que Ele. Saber que nosso irmão Jesus Cristo é um ser humano e que toda a sua grandeza foi premiada por suas realizações em sua vida, sua dedicação, sua humildade, seu sofrimento, seu amor e dedicação, quando era apenas carne e que Jesus é o homem que todos devemos imitar, deve encher nossos corações de alegria. Isto sim, em minha opinião é a essência do cristianismo primitivo.

Estou convencido de que uma cristologia bíblica deve ser enraizada na história. Para apoiar uma forte fé, a confissão deve ser submetida a uma análise rigorosa, histórica, teológica e exegética. O que seguimos não é apenas um exercício de frio intelectualismo. É uma luta de coração e mente em busca de uma confissão, que corresponde ao modelo apostólico na cristologia: a fé e compromisso com o Jesus histórico e ressuscitado, como o Messias.

MARCELO ALEXANDRE DO VALLE

[e-mail – marceloalexandrevalle@yahoo.com.br]