sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Autonomia religiosa versos lei da liberdade.

Is. 45.22 (Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.) Nos dias atuais percebemos uma inversão deste ensinamento, o verso nos recomenda a olharmos para Deus, o qual nos garante se assim procedermos nos salvará. Sabemos também que o olhar salvífico descrito pelo verso é embasar a vida nos ensinamentos exemplificados nos evangelhos, baseado no ensinamento cristão só chegaremos a Deus por meio de Cristo, Jo. 14.6 (Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.)

A inversão dita acima ganhou força no meio do cristianismo devido ao desvio do olhar de muitos os quais se intitulam cristãos. O que tem acontecido? Quando alguém professa a fé nos ensinos da bíblia e desvia a sua vista dos ensinamentos contidos nela, naturalmente a sua visão é direcionada em outra direção, e este novo objeto de contemplação são os padrões ditados pelo mundo, neste tópico não me dirijo a ateus céticos ou irreligiosos, portanto, para os religiosos a palavra mundo é um antagonismo de espiritualidade.

O problema passa a surgir quando percebemos que ao desviar o olhar de Deus e da sua palavra passamos a olhar para outro deus estranho; o verso diz: olhai para mim e sede salvos... o olhar para Deus por meio de Cristo segundo o NT. é sinônimo de salvação, já o oposto é falta da mesma, ao desobedecer a palavra “desviando o olhar” dos ensinamentos de Deus estamos automaticamente focando em outros deuses. 1ª Jo. 2.15 (Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.)

Em se tratando de religiosidade acredito que o domínio maior exercido pelo mundo se dá através do ensinamento da tão desejada autonomia humana, este ensinamento contrasta por demais com a liberdade a qual Cristo nos propôs, Tg. 1.25 (Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.)

Por liberdade me refiro a lei do espírito e por espírito me refiro ao nascido de novo e nascido de novo não significa alguém que não peque, mas sim aquele que compreende que liberdade é não praticar o que é condenável, portanto a lei da liberdade não é um manual contendo 613 leis, muitas das quais baseadas em cerimonias, mas sim unido com Cristo restringir aquilo que é contrário a vontade de Deus.

O verso de 1ª João 2.15 nos informa que o amor ou a prática do mundo está em desacordo com Deus e a sua palavra; o que dizer da autonomia religiosa? A palavra autonomia vem do prefixo auto e da raiz nomos; auto significa por si próprio, um automóvel é alguma coisa que se move por si próprio; já a raiz nomos é a palavra grega para lei, sendo assim a palavra autonomia significa “lei própria”.

Este é um padrão estipulado pelo mundo e muito bem aceito por uma grande e esmagadora parcela daqueles que se dizem cristãos, ser independente, lei própria para si, isso contrasta grandemente com a lei da liberdade. Ao contrário dos padrões estipulados pelo mundo, e baseado na bíblia, ter liberdade não é ser autônomo.

A própria palavra “lei” da liberdade por si só restringe a autonomia, o problema do modelo autônomo é que ele dá uma sensação de auto suficiência e independência, tanto de Deus, quanto da unidade entre os irmãos. Um exemplo de unidade da igreja primitiva se encontra em At. 2.44 (Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.) Naturalmente eles estavam juntos pelo fato de terem uma crença em comum, e essa coletividade contrasta e muito com o modelo individualista deste século, modelo este criado pelo autonomismo apóstata. O modelo autônomo não pode funcionar na igreja de Cristo, por igreja me refiro ao grupo de pessoas que declaram a crença bíblica em comum.

Jo. 17.21 (Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.) Naturalmente Jesus não estava falando de uma unidade ontológica, mas sim de uma unidade de crença de aceitação de comunidade. 1ª Co. 1.10 (Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer.)

As palavras do verso acima “todos uma mesma coisa” tem criado um repudio no meio cristão, foi a intenção de Paulo promover uma subserviência cega? Lógico que não, a lei da liberdade nos permite questionar, debater e mesmo rejeitar, acredito que ao dizer (todos a mesma coisa) Paulo enfatizou a crença comum dos seus dias, porém, o que tem contribuído para os debates intermináveis são os dogmas e as doutrinas pós apostólica.

Portanto, temos alguns modelos a serem comparados e entre eles estão: a lei da liberdade, aquela que regula o comportamento religioso cristão, o autonomismo religioso um pensamento que vem ganhando forças e adeptos, mesmo no meio religioso; e a libertinagem algo mais apropriado para quem rejeita um comportamento moral. Tg. 2.12 (Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade.)

Os adeptos da lei da liberdade por sua conduta restringem a libertinagem e do mesmo jeito trabalham com o intuito em fortalecer a unidade, rejeitando assim o autonomismo religioso. Ao desviar a conduta aderindo o autonomismo tal pessoa será responsabilizada e julgada pela lei da liberdade, Rm. 14.7 (Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.)

Alguns adeptos do autonomismo religiosos poderão dizer que os mundanos estão em vantagem, pois podem viver do jeito que quiserem. Na verdade todos podem viver do jeito que quiserem, no entanto não é a negação da existência de Deus por parte do ateu ou mesmo do mundano ou mesmo do religioso autônomo que o isentará de suas responsabilidades. Alguém pode rejeitar a Deus e escarnecer de sua palavra por toda a sua vida, porém isso não irá lhe garantir ser isentado dos juízos de Deus que lhe sobrevirão, pelo contrário.


Rm. 14.11-12 (Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus.De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.) Ec. 2.14 (Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; também, então, entendi eu que o mesmo lhes sucede a todos.) Assim sendo, convém mantermos os nossos olhos (mente) em Deus e na sua palavra, somente assim estaremos negando o autonomismo o qual leva inevitavelmente a apostasia.

Evandro.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sentido, valor e propósito.

Atualmente várias pessoas ao redor do mundo tomaram uma atitude radical de ser ateu, por ateu me refiro àquelas pessoas que aboliram ou querem abolir Deus de suas vidas, e se possível de outros também. E isso  é devido há vários fatores: emocional, psicológico, ignorância e falsa intelectualidade. E pensando nesta questão me deparei com o excelente argumento do Dr. William Lane Craig o qual com maestria expõe três questões pertinentes a nossa existência que joga por terra a visão ateísta.

2ª Ts. 2. 1-5 (Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.)

Não está em questão neste tópico se os versos acima aconteceram ou não, mas sim o fato da semelhança descrita encontrada nos dias atuais. Acredito piamente que o mundo em um futuro breve irá promulgar leis que tentarão abolir Deus, e quando digo Deus me refiro ao criador do universo. Alguns filósofos ateus disseram que se Deus não existe a vida é um absurdo, contudo nenhum deles provou que Deus existe, antes concluíram que a vida é realmente um absurdo.

Talvez seja aí que o tiro dos ateus sai pela culatra. Primeiramente temos que entender três questões muito interessantes, e são elas: SENTIDO, VALOR E PROPÓSITO. O sentido tem a ver com importância, o porquê de algo importar. O valor tem a ver com o bem e o mal o certo e o errado. Propósito tem a ver com uma meta, uma razão para algo.

O que os ateus não sabem é que se Deus não existir, então sentido valor e propósito são, em última analise meras ilusões humanas. São coisas que só existem na nossa cabeça. Se o ateísmo for verdade, então a vida de fato é objetivamente sem sentido, sem valor e sem propósito, a despeito das crenças que possamos ter em contrário.

Rm. 5.12 (Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.) Se Deus não existir tanto o homem quanto o universo estão inevitavelmente fadados à morte. O homem como todos os demais organismos biológicos irão morrer um dia. Sem a esperança da imortalidade, a vida humana caminha apenas para a cova. Embora eu saiba que existo, e que estou vivo, também sei que irei morrer.

Essa ideia é atordoante e ameaçadora, pensar que a pessoa que chamo de mim mesmo deixará de existir e não mais será. Sartre disse uma vez que “uma vez perdida a eternidade, não faz muita diferença se isso demora muitas horas ou muitos anos. Se como dizem os ateus que Deus não existe logo vivemos um curto espaço de tempo simplesmente condenados a morte. Isso significa que a própria vida se torna algo absurdo, sem sentido valor ou propósito.

Ec. 2. 11 (Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.) SEM SENTIDO ÚLTIMO. Se toda deixa de existir quando morre, então, que sentido último  há de viver? Será que faz alguma diferença no final ter ou não existido? Com certeza a vida de uma pessoa pode ser importante em relação a certos acontecimentos, mas qual o sentido último desses acontecimentos? Somente a declaração do verso lido anteriormente, esforço inútil. Se tudo está fadado a acabar, então o que importa o fato de alguém ter tido alguma influência sobre determinados acontecimentos? Em última análise isso não tem a menor importância. A humanidade, portanto, não tem mais sentido do que um enxame de mosquitos ou um punhado de porcos, pois o final de todos é o mesmo.

De um modo bíblico a perspectiva do ateu pode ser vista no verso a seguir, Is. 26.14 (Mortos não tornarão a viver, sombras não ressuscitam; por isso, os castigaste, e destruíste, e lhes fizeste perecer toda a memória.) Sendo assim as contribuições da medicina, para aliviar a dor e o sofrimento o crescente desenvolvimento tecnológico, e tantas outras contribuições, não resultará em nada, e esse é o horror do homem moderno.

Todos indistintamente gostariam de viver para sempre mesmo os ateus. Mas é importante ressaltar que o homem precisa mais do que imortalidade para sua vida fazer sentido. A mera duração da existência não faz com que ela tenha sentido, ainda que a raça humana e o universo pudessem existir para sempre, se Deus não existisse, a existência continuaria a não ter um sentido último.

Uma estória de ficção cientifica retrata bem essa realidade, conta que um astronauta foi abandonado em um pedaço de rocha no espaço e deixaram com ele dois frascos, um de veneno e o outro com a poção da vida eterna. Ao perceber o futuro que o aguardava ele tomou o frasco de veneno, mas para o seu horror ele percebeu que tomou o frasco errado e agora viveria para sempre, isso significava que ele estava condenado a viver eternamente uma vida sem sentido.

Ora , se Deus não existir, nossas vidas são como a desse astronauta. Poderíamos viver para sempre e ainda assim vivermos uma vida completamente sem sentido, mesmo se fossemos eternos perguntaríamos para a vida, e dai? Portanto o homem não precisa apenas da imortalidade para que haja um sentido último para viver: ele precisa de Deus e da imortalidade. Mas se Deus não existir logo ele não tem uma coisa nem outra.

SEM VALOR ÚLTIMO. Gl. 5.14 (Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.) Se a vida termina no túmulo, então não faz a menor diferença se praticamos o bem ou o mal e a orientação bíblica para o bem se torna irrelevante. Uma vez que o nosso destino não tem qualquer relação com o nosso comportamento, podemos viver como bem entender, como disse um filósofo certa vez: “se a imortalidade não existe então tudo é permitido”.

Sendo assim não há nenhuma razão objetiva para que o homem tenha moral, a menos que a moralidade traga recompensa para a sua vida. E este é o pensamento que está tomando conta das mentes da atualidade, percebe-se claramente como a sociedade está abolindo os valores, naturalmente tudo isso é baseado na instigação ateísmo de viver no mundo. Mediante isso, mesmo deixando de lado a imortalidade, se Deus não existir então não há padrão objetivo de certo e errado.

Afinal de contas, segundo a visão do ateísmo, não há nada de especial nos seres humanos, somos meros subprodutos acidentais da natureza, que de forma relativa evoluímos recentemente sobre o planeta terra. Em um mundo sem Deus quem pode dizer quais valores são certos e quais são errados? Neste mundo não existe certo e errado, somente nossos juízos particular. Sendo assim o ateísta não pode condenara a guerra, a opressão, e os crimes em todas as suas formas. Matar ou amar alguém são coisas moralmente equivalentes, pois em um universo sem Deus, não há bem nem mal; há apenas a realidade nua e crua, a realidade sem valor da existência, e não há ninguém para dizer se isto é certo ou errado. Isso retrata bem o que está escrito em Sl. 14. 1(Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.)

SEM PROPÓSITO ÚLTIMO. Se a morte nos espera de braços abertos no fim da estrada, qual o propósito último de se viver? Fazemos tudo isso para nada? Não há uma razão para a vida? Se Deus não existir então este é o resultado, não há esperança e nem propósito, se Deus não existir a nossa diferença para os animais é nenhuma conforme Ec. 3. 19-20 (Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão.)


O ateísmo é deprimente, pois a riqueza, o prazer a instrução a honra e a fama política não passam de futilidade, mais que isso mesmo que a vida não terminasse com a morte, sem Deus a vida ainda careceria de propósito. Pois o ser humano e o universo seriam apenas meros acidentes do acaso trazidos a existência sem nenhuma razão. Portanto se Deus não existe, isso significa que o ser humano e o universo existem sem um propósito, uma vez que o fim de tudo é a morte.