sexta-feira, 20 de maio de 2016

Um só Deus e um só Senhor.

A minha insistência contra a doutrina da trindade não está vinculada a nenhum tipo de crítica a qualquer denominação religiosa ou mesmo direcionada a pessoas específicas. A questão é puramente teológica, em suma não faço por partido ou mesmo por intrigas pessoais, mas com o intuito de usar a bíblia e a lógica e ver se assim posso compreender a literalidade das escrituras no tocante a sua apresentação do ser de Deus.

Vários versos bíblicos podem ser usados a fim de demonstrar que Deus é uno na literalidade da palavra, no entanto, existem aqueles versos que sobressaem em suas afirmações e entre eles está 1ª Co. 8. 5-6 Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.”

Paulo dirigindo-se a igreja que se encontrava na cidade de Corinto a qual era repleta de vários deuses aludiu dizendo que o fato de existirem muitos deuses e muitos senhores isso não representava nada para o ensinamento judaico cristão de que havia somente um Deus, o pai, e um só senhor Jesus Cristo. Fazer essa diferenciação é muito importante, a bíblia é incisiva, um só Deus, o pai, e um só senhor, Jesus Cristo. Este é o ensinamento bíblico, este é o pensamento de Paulo e de todos os evangelistas, ensinar que existe um só Deus e um só senhor.

A mentalidade cristã insiste dizendo que não existe diferenciação, o cristianismo “ortodoxo” oriundo do 3º século afirma que a palavra grega Kyrios ou Kurios que se traduz como senhor é aplicado para Deus. À palavra kurios vem de kuros e significa supremacia, ora, mediante o ensinamento bíblico Jesus tem e terá supremacia sobre os seres humanos, no entanto isso não quer dizer que ele seja Deus, lembre-se, um só Deus e um só senhor, conforme 1ª Coríntios 8. 5-6.    

Ainda sobre a palavra Kyrios ou Kurios significa entre outras coisas “comandante, autoridade, ditador, dono e senhor, mestre, no sentido de quem está no comando e Senhor como pronome de tratamento, indicando respeito. Quanto a questão referente à palavra Senhor, com S maiúsculo é apenas uma questão de tradução, desconhecendo isso muitos alegam dizendo: “bem, quando a palavra Senhor se refere a Jesus deve sim conter o S maiúsculo”. O problema é que o NT. não foi escrito em português, mas em grego, e no grego não há maiúsculo.

Isto significa que a palavra Kyrios ou Kurios não é direcionada para Deus ou alguma divindade, por exemplo, Mt. 28.6 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida”. O senhor do servo incompassivo relatado na parábola por Jesus é Kyrios ou Kurios e nem por isso ele é Deus. Mt. 20.8Ao cair da tarde, disse o senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros”.

O mesmo podemos destacar com relação ao senhor da vinha, a palavra senhor deste homem da parábola também é Kyrios, a única diferença é que o s não foi traduzido em maiúsculo; e é somente por isso que ele não pode ser considerado Deus? Não podemos nos ater a palavras maiúsculas e minúsculas, não devem ser elas a referencia de quem ou o que é Deus.  

Infelizmente isso tem acontecido, para tentar provar a divindade de Jesus às tradutoras tem feito acréscimo e decréscimo, um exemplo disso é Jo. 8.40 na Almeida Revista e corrigida, diz: “Mas, agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isso”. O mesmo verso na Revista e Atualizada “Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão”. A palavra  homem foi suprimida, pois o intuito é demonstrar que Jesus é Deus, ademais se Jesus nunca disse ser Deus o ideal ao menos é demonstrar que ele não é homem e deixar a impressão que ele é Deus.

A omissão pode ser vista também no verso de Mt. 28. 6 Bíblia de estudo Almeida Revista e Corrigida, diz: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia”. O mesmo mesmo verso só que na bíblia de estudo Almeida Revista e Atualizada, “Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia”. A palavra Senhor foi omitida, por quê isso?

Se levarmos em consideração que a palavra Senhor ou Kyrios significa Deus, e se admitirmos que Deus não pode morrer, segue-se então que a palavra Senhor que segundo eles significa Deus deve ser suprimida, mas lembrando sempre que a palavra senhor só tem estaus de Deus por estar em maiúsculo.

Para a mentalidade apostólica o senhorio não significava divindade mas sim domínio, governo, liderança e regência. Por isso segundo Paulo todas as coisas são de Deus e coisas essas as quais são regidas por Cristo, assim sendo Kyrios significa dominador em relação aos seres humanos, 1ª Co. 11. 3Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. E que não me venham com a teoria da funcionalidade a qual não está na bíblia.

A epístola de Judas no verso 25 confirma que Deus é Deus e senhor e senhor “Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!” Esta é ideia bíblica, o rei ou o Senhor ser o meio o representante o responsável pelo governo de Deus aqui na terra.

A ideia de Deus ser um, e Senhor Kyrios ser um título para Deus que aniquilou-se por funcionalidade é absurda. Fl. 2. 11E toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai”. A bíblia quer reforçar o senhorio de Cristo, não sua divindade, o senhorio de Cristo exalta a Deus, a bíblia não ensina não autoriza a divinização de Jesus, mas sim a sua regência. O governo de Deus será materializado pela pessoa de Jesus, convém que ele domine, 1ª Co. 15.25Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés”.

 Evandro.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Do reino dos homens, para o reino de Deus.

No atual cenário sociopolítico em que vivemos o que podemos esperar do futuro? Qual governo deve ser instalado a fim de sanar as mazelas que presenciamos? No modelo político dos países subdesenvolvidos percebe-se uma impregnação geral da corrupção, contribuindo para o aumento da desigualdade e um consequente crescimento da marginalidade acompanhada da violência.

Naturalmente isso tem ocorrido devido à frouxidão das leis, leis estas as quais muitas das vezes tem sido formuladas com o objetivo de se tornar uma via de mão única. Ou seja, tem se pensado muito nos direitos humanos, não sou contra o verdadeiro direitos humanos, mas muitos estão exigindo direitos que em sua grande maioria são contestáveis e acima de tudo tem beneficiado somente uma parcela da população.

Na atualidade podemos empregar um texto do profeta Isaías o qual se dirigiu primariamente ao povo judeu dos seus dias, e no mundo em que vivemos podemos utilizar como texto chave para por em relevo o verdadeiro andar da nossa sociedade, Is. 5. 20 “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!

E para fugir das dificuldades encontradas nos ditos países, existem aqueles que são adeptos da imigração, esperando com isso viver em países os quais poderão lhe proporcionar melhores benefícios. Na realidade não percebem essas pessoas que o problema social não está restrito apenas aos países de terceiro mundo; claro está que muitos dos líderes são omissos, pois não tratam com severidade a criminalidade existente, infelizmente em muitos casos os reclamos das leis são silenciados ou deixados de lado.

No entanto, o problema social não é um problema local, mas mundial. Quem irá garantir que nos ditos países de primeiro mundo não existe corrupção, opressão e desigualdade? Claro está que para suprimir um pouco da desigualdade nos países de terceiro mundo, falta muita coisa, entre elas podemos destacar: (1º) homens de boa vontade, (2º) revisão do código legal, (3º) aplicabilidade legal para todos, sem distinção, (4º) cumprimento irrestrito e irrevogável das penalidades advindas das infrações cometidas.

Existe um texto bíblico que descreve exatamente o que estou tentando dizer acerca do estado caótico em que chegamos, encontra-se no livro de Ec. 10.16 “ Ai de ti, ó terra cujo rei é criança e cujos príncipes se banqueteiam já de manhã”. Esta é a mais pura realidade, uma pátria não será próspera até que os seus filhos saibam respeitá-la, quando digo filhos não me refiro apenas a massa, mas todos sem distinção.

Quanto a imigração digo que imigrar para o país de primeiro mundo não será a solução, isso pelo fato de não ser permitido nem mesmo tolerado ou ainda suportado a imigração em massa, mesmo se pudesse ser feito acredito ainda que muitos buscariam retornar aos seus países de origem, pois se existem aqueles que se sentem oprimidos e injuriados em casa, imaginem longe dela.

Mas vamos utopicamente imaginar que os países de primeiro mundo cooperassem para promover o bem estar social de 99% da população que vive nos países subdesenvolvidos; o problema persistiria, pelo fato de 1% não ter se enquadrado nesta estatística. Com relação aos problemas sociais que afligem não só aos países de 3º mundo Eu peço a Deus que ele possa ter de misericórdia daqueles que o buscam, fato é que seguindo a orientação bíblica e “antevendo” o desenrolar da sociedade contemporânea só tenho a lamentar e acreditar no que Paulo nos escreveu em sua segunda carta a Timóteo, 2ª Tm. 3.13 “Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”.

Assim sendo o que esperar do futuro? O que esperar de um mundo onde grassa a corrupção e a injustiça? Onde as leis são formuladas para se acomodar a um humanismo vestido com roupagem de misericórdia? Onde a boa instrução é tida como lição de gente ignorante? O que esperar de um futuro, onde a moral a ética e os bons costumes estão sendo substituídos por um humanismo enfermo pela concupiscência carnal?

Mediante isso qual governo ou sistema governista que seria apropriado para estabelecer a ordem à paz e o progresso mundial? Sabemos, no entanto que vários governos e regimes estipulados já foram inseridos e experimentados em nosso mundo, contudo nenhum deles trouxe um equilíbrio que pudesse satisfazer e beneficiar a todos. O que fazer então? Se desesperar por pertencer uma pátria onde muitas das vezes as leis são barganhadas e os líderes do povo são tidos como os “acima da lei”?

Se rebelar e se tornar um contraventor, tendo como apoio a falsa ilusão mental de que “em terra de cego quem tem um olho é rei”, isto é, já que “todos” são assim serei também? Ou aplicar o pensamento pagão que permeava a sociedade dos dias de Paulo, 1ª Co. 15.32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos”. Grifo meu.

Acreditar que os países sub desenvolvidos irão prosperar e se tornar países de 1º mundo é o mesmo que acreditar que os países desenvolvidos irão se unir para amenizar a pobreza, ou seja, é algo completamente utópico. O pensamento de Kant, Marx e outros quando disseram que a religião é ópio se encaixa perfeitamente para aqueles que acreditam que os governantes irão se unir para estabilizar as questões sociais que assolam a humanidade, ou seja, ledo engano.

Em suma, as disputas políticas irão continuar, independente se o país está ou não em crise, a direita contra a esquerda, alguns poucos bem intencionados, mas a corrupção a desigualdade o jogo pelo poder irão continuar, Ec. 3.16 “Vi ainda debaixo do sol que no lugar do juízo reinava a maldade e no lugar da justiça, maldade ainda”. Isso é característico no reino dos homens, não há como esperar um estado de coisas diferente.

Ainda existe o fato de grande parte do ser humano não conseguir viver em regimes  democráticos, confundem democracia com vandalismo, anarquia e coisas semelhantes, transformam liberdade em libertinagem. O fato é que esse estado de coisas são necessários, e ninguém se iluda pensando que tais acontecimentos passarão para sempre. A corrupção, a injustiça, a libertinagem e toda sorte de revezes serão julgados e todos os que a praticam serão condenados, não importa se não acreditam, isso não faz com que o o juízo de Deus seja anulado. Rm. 3.5-6 Mas, se a nossa injustiça traz a lume a justiça de Deus, que diremos? Porventura, será Deus injusto por aplicar a sua ira? (Falo como homem.) Certo que não. Do contrário, como julgará Deus o mundo?”

Ou seja, o estado caótico que se encontra a sociedade faz parte de um contexto que tem por objetivo revelar outro atributo de Deus, a justiça. Não podemos desfalecer e nem mesmo nos corromper, pelo grande motivo de vivermos não vou dizer em um país corrupto e injusto, mas em um mundo injusto e problemático, pelo contrário, devemos continuar firmes, acreditando não em uma melhora política ou mesmo que surgirá um super homem bem intencionado que trará solução para os problemas sociais que assolam a humanidade, pelo contrário, devemos estar atentos a grande transição governamental que irá acontecer, ou seja, o fim do reino dos homens e o estabelecimento do reino de Deus.

Dn. 7. 22 “Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino”. Na verdade podemos esperar melhores coisas, e podemos crer e confiar que uma nova ordem mundial justa em breve irá se materializar, a humanidade precisa de alguém que o governe com justiça e equidade, no entanto o governo vindouro não será um modelo democrático, fato é que o ser humano em sua grande maioria não sabe viver em regime  democrático. Confundem democracia com vandalismo, anarquia e coisas semelhantes.  


Evandro.