sábado, 16 de dezembro de 2017

As seitas e seus ensinamentos.

Em outro assunto, https://evandro-blogdoevandro.blogspot.com.br/2013/08/seitas-e-heresias.html vimos que nos dias do NT. O termo seita não "se caracterizava" como algo pejorativo. No entanto, o mesmo não podemos dizer da atualidade. Em termos de cristandade, o que pode ser caracterizado como uma seita? Em outras palavras, pertenço ou não a uma seita religiosa? Para isso será necessário utilizar um aferidor como padrão, afim de estabelecer uma base para ser o divisor de águas, e esse divisor será a bíblia.

Assim sendo e utilizando a bíblia como base, sem preconceito e sem demonizar os grupos cristãos existentes, posso dizer que todas as denominações quer sejam atuais ou milenares, devem ser consideradas como sendo seitas. Naturalmente não se pode negar o fato das ações benéficas exercidas e realizadas por essas denominações e mesmo a importância social para o grupo pertencente, o que se discute no presente artigo é a questão doutrinária e denominacional. Exclui-se também a questão pessoal, algo que a grande maioria não sabe separar.

Jo. 17. 1-2 "Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". O catolicismo juntamente com o protestantismo asseguram com todas as letras que aqueles que não acreditam na doutrina da trindade e suas ramificações (duas naturezas de Cristo, Jesus pré-existente) devem ser taxados de apóstatas.

No entanto, se olharmos atentamente para o verso acima e muitos outros os quais não estão relacionados, podemos assegurar facilmente que a ortodoxia defendida por esses grupos religiosos não passa de um castelo de areia, reparem nas palavras de Jesus: (Conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro.) Com estas palavras exclui-se toda a possibilidade bíblica da doutrina da trindade.

Outro fato, a doutrina da trindade e suas vertentes não são ensinamentos nem dos profetas e nem mesmo dos apóstolos, são ensinamentos pós bíblico, ou seja, surgiu num período posterior aos livros ou as cartas que perfazem a bíblia. Alegar como alegam os protestantes de que a bíblia e ela somente é a regra de fé e prática na vida do crente, destoa grandemente da realidade ensinada pelos próprios protestantes, isto é: a doutrina da trindade não provêm da bíblia, ainda que queiram ou insistam assim.

Sendo assim uma das primeiras questões a serem analisadas em uma denominação é o que ela ensina sobre o Deus da bíblia, na atualidade temos percebido uma contradição entre o que a bíblia ensina sobre Deus e o que tem ensinado a cristandade em geral. Mt. 10. 8-9 "Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; de graça recebestes, de graça dai. Não vos provereis de ouro nem de prata, nem de cobre nas vossas bolsas."

Outra característica das seitas é fazer o oposto deste ensinamento, não estou dizendo que não existe a necessidade do dinheiro para a propagação do evangelho, na atualidade qualquer movimento que se faça faz-se necessário o dinheiro, no entanto, a característica da seita é tornar o suposto evangelho em um meio ilícito de enriquecimento individual ou coletivo, isto é, transformar a denominação religiosa em empresa. Muitas denominações ditas cristãs tem utilizado dos dízimos (algo não exigido no NT.) para movimentar uma empresa secular.

Mt. 10. 10 "Nem de alforge para o caminho, nem de duas túnicas, nem de calçado, nem de bordão; pois digno é o trabalhador do seu alimento. A parte do verso que lhes interessa é somente a que diz: digno é o trabalhador do seu trabalho, ou seja, trabalho gera dinheiro. Na verdade a proposta do evangelho com que diz respeito ao reino de Deus ao distribuir é completamente oposto daquilo que temos presenciado na atualidade, neste sentido todas estão classificadas como seitas.

E dentro deste contexto a própria bíblia classifica as atitudes e ações de determinados líderes religiosos, os quais "trabalham com afinco para certas denominações ditas cristãs, Mt. 7. 15 "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores."  2ª Pe. 2. 3 "Também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme."

Outra característica de uma seita são os supostos dons espirituais, as ditas línguas estranhas por exemplo, Is. 28. 11 "Na verdade por lábios estranhos e por outra língua falará a este povo". 1ª Co. 14. 21 "Pois está escrito na Lei: “Por meio de homens de outras línguas, e por intermédio de lábios de estrangeiros, falarei a este povo, todavia, mesmo assim, eles não me ouvirão”, diz o Senhor. As línguas estranhas as quais a bíblia descreve são outros idiomas, e não sons desconexos sem significado e incompreensível. Portanto, o pseudo dom espiritual não transforma uma denominação em uma verdade absoluta.

Uma característica muito grande de uma seita é a suposta alegação de que ela está revestida de uma autoridade tal que aqueles que pisam em seus átrios e passam a pertencer ao seu corpo doutrinário passaram da morte para vida, em outras palavras alegam que fora de seus arraias não existe salvação. Isso contraria grandemente o ensino bíblico, At. 4. 11-12 "Este Jesus é ‘a pedra que vocês, construtores, rejeitaram, e que se tornou a pedra angular’. Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos".

Como disse anteriormente, pertencer a uma denominação pode trazer certos benefícios, entre aqueles que sobressai está o vínculo social, no entanto, dizer que isso lhe garante salvação e eternidade, não a passa de balela, Jo. 4. 20-21 "Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Jesus declarou: Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém". 

Assim sendo, a falsa denominação não se caracteriza somente por apresentar e ensinar o erro, ou seja, aquilo que não está escrito e é contrário ao ensinamento bíblico. A falsa denominação religiosa também se materializa quando tenta apresentar aquilo que ela não possui, e são: dons espirituais, profetas e profetizas, profecias infalíveis para os últimos dias, surgimento profético encontrado nas escrituras. Essas e outras características perfazem a face de uma denominação arrogante ainda que se diz cristã, Cl. 2. 4 "E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas".




sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O bem e o mal e sua influência.

A bíblia claramente nos diz que a questão do bem e do mal interferiu não só na parte externa e visível da natureza, causando com isso os desastres naturais, mas também interferiu internamente na natureza humana. E segundo a bíblia, essa interferência está associada ou mais precisamente influenciando diretamente a espiritualidade humana. Sendo assim e segundo a bíblia, o bem e o mal rege a natureza humana.

Já no livro do Gênesis a bíblia começa a descrever essa característica;  Gn. 3. 15 "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Percebe-se claramente uma dicotomia, duas descendências com tendências diferentes.  Antes porém, deve ficar claro aqui que o verso está tratando de descendências humanas, fato é está se tratando de espiritualidade de pessoas, não de pessoas espirituais (Anjos ou demônios). 

No livro de Gênesis temos várias informações sobre esta questão, Gn. 4. 3-5 "E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante."

Fato é que a bíblia claramente descreve que Deus não só rejeitou a oferta de Caim, mas sim o próprio Caim. Baseado em Gênesis 3 a bíblia parece nos dizer que duas linhagens se levantariam na terra, uma se tornaria inclinado para Deus e sua palavra e a outra faria de forma oposta, resistiria a Deus e a sua palavra. Isso fica patente quanto a questão das ofertas oferecidas por Caim e Abel; apesar de não existir uma declaração bíblica, sabemos no entanto que o cordeiro foi algo requerido por Deus como oferta, não um cesto cheio de frutos.

A oferta de Caim demonstrou ou revelou a sua disposição para com Deus, em outras palavras nenhuma disposição. Pelo contrário, demonstrou uma indisposição, uma resistência a mesma. Gn. 4. 25-26 "E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela deu à luz um filho, e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outro filho em lugar de Abel; porquanto Caim o matou. E a Sete também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então se começou a invocar o nome do Senhor."

Analisando estes versos, percebemos que a bíblia não menciona pessoa alguma da descendência de Caim invocando o nome de Deus, pelo contrário, é nos dito que foi necessário a mulher ter um filho que substituísse Abel, e este segundo a bíblia, foi Sete, a partir daí a sua descendência começou a invocar o nome do Senhor. Imaginamos então o cenário religioso daqueles dias, podemos perceber claramente que aquelas pessoas deveriam ser estritamentes religiosas, obedientes e espirituais.

Mas não foi assim com Caim e os seus daqueles dias. A influência espiritual que Caim recebeu de seus pais e do próprio irmão Abel não fizeram efeitos em sua vida, nem mesmo para arrependimento; isso só pode ter uma explicação, Caim não compartilhava de uma natureza espiritual, Caim como a bíblia classifica era do mundo, em outras palavras o que lhe preenchia o vazio de sua vida era as coisas do mundo, Gn. 4. 16-17  "E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden. E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu filho Enoque."

Os dois versos nos descrevem algo incrível, o verso 16 diz que Caim saiu de diante da face do Senhor... e o 17 nos diz que após isso, ele constituiu uma família teve um filho, e este edificou uma cidade. O problema não está em edificar um cidade, em construir uma casa, ou torcer para um time de futebol, o problema é "sair de diante da face de Deus" e constituir essas coisas e outras mais em seu lugar, assim como fez Caim. 

O contraste é evidente, Sete e sua descendência começaram novamente (após Abel ter sido assassinado) a invocar o nome do Senhor, Caim por sua vez fugiu de diante da face do Senhor e instituiu outras coisas visíveis, tangíveis em seu lugar. Voltando a questão da influência: não é a influência "religiosa" ou espiritual que irá fazer com que alguém "invoque" o nome do Senhor, no entanto sem a influência espiritual as pessoas estão fazendo conforme Caim e sua descendência, isso é claramente notado no mundo secular que atualmente temos presenciado. 

A bíblia não nos deixa dúvidas quanto a questão da dicotomia causada entre o bem e o mal nas pessoas, Gn. 6. 1-2 "E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram." Algumas denominações religiosas ensinam que estes versos retratam a união nupcial entre os Anjos denominados por eles como filhos de Deus e as filhas dos homens e isso literalmente.

Este ensinamento por parte de algumas instituições religiosas é um equívoco baseado nas fábulas encontradas no livro apócrifo de Enoque. A bíblia está tratando literalmente de seres humanos, até aqueles dias a genealogia bíblica descrevia as gerações de Sete e de Caim separadamente, assim sendo aqueles que invocaram o nome do Senhor foram considerados a linhagem da mulher descrita em Gênesis 3 e também tidos como filhos de Deus.

Já aqueles que se apartaram de Deus e buscaram outras atividades para preencher o espaço deixado por sua ausência, foram considerados filhos dos homens, ou a descendência da serpente, conforme registrado em Gênesis capítulo 3. Foi então que essas duas linhagens se misturaram, em Gênesis ainda é dito que Deus resolveu destruir o homem pela ação do dilúvio, em parte nenhuma da bíblia nos é mostrado Anjos ou demônios sendo presos ou destruídos após isso.

Gn. 6. 7 "E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito."  ...Destruirei o homem que criei... não diz, Anjos que criei. Quanto a ser de Deus ou dos homens a bíblia classifica também Mt. 16. 23 "Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens."

O cogitar as coisas dos homens e não compreender as coisas de Deus, segundo a bíblia é somente andar nos passos da serpente a qual mais tarde foi personificada por Satanás, já ser filho de Deus não significa ser um Anjo ou ser de outro planeta 1ª Jo. 3. 2  "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos."

Ainda há muito a dizer sobre esta questão, mas é assunto para outra ocasião.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Os "tempos" da salvação.

   Em um mundo materialista e relativista o termo salvação tem conotações puramente físicas e humanas, no entanto, para os que crêem e entendem tem outros processos e estes espirituais, e é neste segmento que iremos prosseguir.  Rm. 1. 16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.”
   
  As palavras hebraicas e gregas para salvação implicam as idéias de livramento, segurança, conservação, cura e santidade. Salvação é a grande palavra inclusiva do Evangelho, reunindo em si todos os atos e processos redentivos: como justificação, redenção, graça, propiciação, imputação, perdão, santificação e glorificação. Salvação, portanto, no seu sentido amplo, tem a ver tanto com a vida presente bem como com a futura.

  Ela faz referência não só à remissão da penalidade do pecado e à remoção de sua culpa, mas também à conquista do hábito do pecado e a remoção final da presença do pecado no corpo. É só pelo reconhecimento disto que alguém pode agarrar o alcance completo da doutrina bíblica de salvação. Assim sendo, a bíblia expõe a palavra salvação em três tempos, veremos as passagens que classificam cada tempo.

 O TEMPO PASSADO DA SALVAÇÃO: Tito 3. 5 Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.” Esta passagem e muitas outras nos falam da salvação como uma obra terminada no passado. Este tempo de salvação coincide com a santificação passada daquele que crê, com a remissão da penalidade do pecado, a remoção da culpa e mesmo a remoção da presença do pecado.

   Neste sentido a salvação está completa. Sendo assim, podemos dizer que este tempo da salvação é um ato e não um processo ocorreu antes da fundação do mundo Ef. 1. 4 Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”. 2ª Tm. 1. 9 Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos.”
         
   E se materializa no momento em que o indivíduo crê; não admite graus nem estágios, esse é o processo. É sob este tempo de salvação que devemos entender as passagens que falam do crente como possuindo vida eterna agora. Jo. 5. 24 Em verdade, em verdade vos digo quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” 6. 47 Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.” Podemos afirmar então, como dito nestes versos que aquele que crê está livre de todo perigo de condenação e do poder da segunda morte.

   O TEMPO PRESENTE DA SALVAÇÃO: 1ª Co. 1. 18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” Outras traduções dizem: que estamos sendo salvos; Fl. 2. 12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.” O sentido desta passagem é que os Filipenses tiveram de efetivar em suas vidas a nova vida que Deus implantara nos seus corações.
   
No tempo presente da salvação os crentes estão sendo salvos, através da obra do Espírito sendo materializado no hábito e domínio do pecado. A salvação é assim equivalente à santificação progressiva 2ª Co. 3. 18 E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.

  O TEMPO FUTURO DA SALVAÇÃO: Nas passagens seguintes a salvação é falada como algo ainda futuro: Rm. 5. 9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Rm. 13. 11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.” 1ª Pe. 1. 5 Que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”
    
   Vamos voltar em Rm. 8. 23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.” Neste verso Paulo nos fala da salvação futura e total, a redenção de nosso corpo, esta salvação total e completa terá lugar na ressurreição dos que dormem em Cristo, 1ª Co. 15. 51-52 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.”

   Este tempo de salvação está no futuro tem a ver com o corpo, e a anulação do pecado no corpo. E essas passagens podem juntamente ser classificadas juntas com outras que tratam da vida eterna como algo que os que crêem receberão no futuro. Mt. 25. 46 E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.” Não há conflito entre estas passagens, pelo fato delas se referirem a diferentes fases da salvação. A pergunta a se fazer é: estamos salvos ou seremos salvos.

   A bíblia nos dá todas as possibilidades, no entanto devemos entender que a bíblia não só fala do tempo do homem, mas também do “tempo” de Deus. Assim sendo a nossa esperança de salvação deve estar baseada na salvação do tempo de Deus, ou que já estamos salvos. Mas tal salvação deve ser manifestada no tempo presente, em outras palavras dentro da nossa visão de mundo, neste caso, estamos sendo salvos.

   O processo de salvação do ponto de vista de Deus em nossas vidas se dá quando somos atraídos pela sua palavra, e apesar de sermos pecadores e relutantes sentimos prazer em Deus e em seus ensinamentos. Mas, o processo de salvação do ponto de vista humano é materializado com a santificação, Rm. 6. 22 Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.”
      
  1ª Ts. 4. 7 porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.” Do ponto de vista humano a salvação é diária, Se tal acontecimento se dá em nossas vidas, a salvação está em ocorrência, não podemos nunca nos esquecer que a salvação é um dom de Deus, que está sendo materializado em nossas vidas, mas devemos sempre estar atentos, percebendo sempre a sua manifestação. Mas isso não significa que não iremos pecar e nem mesmo que não seremos tendentes a fazê-lo. O fato de sermos tendentes ao pecado não é desculpa para a prática do mesmo, Gl. 5. 13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.”

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Baal o deus da sujeira.


    A cidade de Ecrom foi uma das cinco cidades filisteias no sudoeste de Canaã. Era uma cidade na divisa da fronteira entre a Filístia e o Reino de Judá. Js. 13. 3 Desde Sior, que está defronte do Egito, até ao limite de Ecrom, para o norte, que se considera como dos cananeus; cinco príncipes dos filisteus: o de Gaza, o de Asdode, o de Asquelom, o de Gate e o de Ecrom. A prática do culto a Baal infiltrou na vida religiosa judaica durante o tempo dos juízes  Jz. 3. 7 Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o Senhor e se esqueceram do Senhor, seu Deus; e renderam culto aos baalins e ao poste-ídolo.”

   Tornou-se comum em Israel durante o reinado de Acabe 1ª Rs. 16. 31-32 “Como se fora coisa de somenos andar ele nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi, e serviu a Baal, e o adorou. Levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.”  E também afetou Judá 2ª Cr. 28. 1-2  “Tinha Acaz vinte anos de idade quando começou a reinar e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o que era reto perante o Senhor, como Davi, seu pai. Andou nos caminhos dos reis de Israel e até fez imagens fundidas a baalins.”

   Baal era considerado um deus da fertilidade que, de acordo com a crença comum, permitia que a terra produzisse colheitas e pessoas produzissem crianças. Diferentes regiões adoravam Baal de diferentes maneiras, e ele provou ser um deus altamente adaptável. Várias localidades enfatizavam um ou outro de seus atributos e desenvolveram vários nomes a baal. Baal-Peor Nm. 25. 3 Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel.”

    Baal-Berite  Jz. 8. 33 Morto Gideão, tornaram a prostituir-se os filhos de Israel após os baalins e puseram Baal-Berite por deus.” Estes são apenas dois exemplos de divindades localizadas. O culto a Baal estava enraizado na sensualidade e envolvia prostituição ritualística nos templos. Às vezes, para apaziguar Baal necessitava o sacrifício humano, geralmente o primogênito de quem fazia o sacrifício Jr. 19. 5 E edificaram os altos de Baal, para queimarem os seus filhos no fogo em holocaustos a Baal, o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me passou pela mente.”
 
   Os sacerdotes de Baal apelavam ao seu deus em ritos selvagens que incluíam gritos de êxtase e ferimentos auto-infligidos 1ª Rs. 18. 28 E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue.” Todos estes versos relatam acontecimentos relacionados aos israelitas, quero dizer, um deus da cultura pagã passou a fazer parte da mentalidade religiosa dos judeus. Mas, ainda que a idolatria estivesse operante no meio da nação de Israel eles não viam tal ídolo como viram os judeus do tempo do NT.

   O erro de cultuar Baal no AT. Existiu, porém, tal “culto” não era direcionado ao demônio, assim como acreditavam os judeus nos dias do NT. Para os judeus do AT. O culto a um ídolo qualquer era direcionado a uma divindade inferior, Lv. 17. 7 “Nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos demônios, com os quais eles se prostituem; isso lhes será por estatuto perpétuo nas suas gerações.”  O original a palavra é sátiro que quer dizer animal peludo, bode por exemplo. O termo demônio só veio a aparecer em traduções posteriores.

   Os profetas, por exemplo, Ainda que cressem em deuses não os temiam, Sl. 136. 2 Rendei graças ao Deus dos deuses, porque a sua misericórdia dura para sempre.” O mesmo fez o profeta Elias no confronto com os sacerdotes de Baal, 1ª Rs. 18. 26-27 Tomaram o novilho que lhes fora dado, prepararam-no e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém não havia uma voz que respondesse; e, manquejando, se movimentavam ao redor do altar que tinham feito. Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará.”

   Diferentemente no NT. Devido a influência grega os ídolos ou os deuses inexistentes das nações passaram a ser temido pelo povo judeu, não só pelo povo comum, mesmo a elite, os líderes da nação criam assim Mt. 9. 34 “Mas os fariseus murmuravam: Pelo maioral dos demônios é que expele os demônios.”  Mesmo antes de Cristo a mitologia cananeia advertia sobre os cuidados que se devia ter após o corte de unhas e cabelos, pois uma vez cortados e separados do corpo, já pertencem ao maligno.

   Maligno esse conhecido por demônio mosca, e outras devas de espíritos maléficos, pelo fato mesmo de serem moradas da sujeira. Neste sentido na mesma mitologia cananeia, se adorava a Baal-Zebub, que segundo muitos significava “Baal, do estrume das moscas”. Mt. 12. 24 “Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios.” Jesus foi acusado pelos fariseus de expulsar demônios pelo poder de Belzebu, Mt. 10. 25Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?”

   Lc. 11. 21 Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens.” Reparem que no contexto da acusação dos fariseus Jesus usou várias vezes a palavra casa, lembrando também que a palavra Belzebu significa senhor da casa. E neste jogo de palavras Jesus leva os seus ouvintes a perceberem que Belzebu na verdade é apenas o deus das moscas o deus da mitologia que mora na sujeira.

   Lc. 11. 24-26 “Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. E, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem se torna pior do que o primeiro. Saindo do homem, o espírito imundo perambula por lugares áridos... Chegando lá encontra a casa varrida e arrumada, (o que debilitaria as forças de baal-zebub).

   Diante disso, vai e toma outros sete espíritos piores do que ele, os quais vai habitar na casa, e (acumulam tanta sujeira) que com isso a condição daquele torna-se pior do que antes. Tanto na bíblia quanto na literatura rabínica e apócrifa, como também na cultura tradicional cristã que apresentam os demônios habitando desertos, lugares áridos, ruínas de casas abandonadas e lugares imundos como esgotos e cemitérios. Na verdade isso é um reflexo da mitologia pagã que adentrou no judaísmo. No entanto quando Cristo fez eco dessas crenças populares, emprestadas do paganismo, evidentemente que não pretendia confirmar a fábula, senão dar à sua argumentação um cunho pitoresco e bem humorado. 











segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A natureza aponta para um Criador inteligente.

   Desde que Charles Darwin escreveu as bases do evolucionismo moderno, milhões de pessoas têm sido levados ao ateísmo e ao vazio espiritual. A evolução tem se tornado uma espécie de religião cientifica, composta de dogmas que precisam ser aceitos por sábios e leigos, que são forçados a moldar seu pensamento para não serem tachados de ignorantes e hereges. Embora hoje saibamos que a evolução nada mais é do que uma teoria não provada, mesmo assim, livros científicos e escolares a classificam sob o rótulo de fato científico, o que é mais um engano, uma armadilha perigosa.

   Por que tantos na atualidade acreditam na teoria da evolução? Porque assim não precisam crer em Deus e se não há crença em Deus, dispensa-se a obediência devida a ele. Sl. 10. 4 O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.Darwin introduziu o que parecia ser a base cientifica para não se crer em um Deus criador. O impacto desse pensamento é que, a partir da ideia de que o homem não teve um começo ele também não teria finalidade ou destinação, este pensamento tem levado a muitos a ter um comportamento amoral, pois se não há Deus tudo passa ser permitido.
  
  O problema da teoria da evolução é que ela é autoritária, por exemplo, sabemos que os ossos das asas dos pássaros são ossos pneumáticos isto é ocos e cheio de ar, para poder voar quanto mais leve melhor, então por isso ele é oco. O mesmo ocorre com o cacto, uma planta do deserto que armazena água, aos nossos olhos que acreditamos na criação isso é fantástico, porém os evolucionistas atribuem estes e outros fatos com um trabalho da evolução. E a arbitrariedade é demonstrada quando é ensinado que a necessidade adaptou e evoluiu, tanto o cacto quanto as asas dos pássaros e outros, ou seja, eles mesmos por necessidade se adaptaram e evoluíram.

   Acreditar nisso necessita ter mais fé do que crer em um criador inteligente. É conhecido por todos que um ser animado não pode se auto-recriar, exceto para aquilo que já está determinado, por exemplo, ninguém ao perder um de seus membros tem capacidade para reconstruí-lo. Mesmo a substituição do dente de leite não é uma capacidade ou uma adaptação do ser humano, é algo natural determinado, sem a necessidade de uma vontade propulsora. O mesmo ocorre com um galho de árvore que foi cortado, a árvore não necessita de uma força interna propulsora que capacite a ter o galho crescido novamente.

   Acreditar que as asas dos pássaros e mesmo o cacto terem se evoluído conseguindo tomar as formas que presenciamos hoje é uma das maiores invenção já ditas. Primeiro, baseado pela inteligência e aspirações humanas isso é impossível. É fácil acreditar que em todas as épocas da historia humana o homem pretendeu e sempre quis ter asas, como seria bom, muitos problemas seriam evitados, por que então não desenvolvemos asas? Mais que droga, que frustração, o pássaro conseguiu desenvolver! A segunda questão é: baseado nas criaturas mencionadas acima, quantas as que não evoluíram, eles se depararam com elas para poderem afirmar que as atuais evoluíram?

   Em outras palavras seria necessário encontra pássaros cactos e outros, diferentes daqueles que presenciamos na atualidade. É mais fácil acreditar que o cacto foi projetado para viver no deserto que o pássaro foi projetado para voar. Na verdade o que determinadas pessoas querem é se livrar de prestar obediência a Deus, ao passo que metaforicamente o escritor bíblico demonstra ago completamente inverso daquela ensinada pela teoria da evolução Jó 12. 7-9Mas pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; e às aves dos céus, e elas to farão saber. Ou fala com a terra, e ela te instruirá; até os peixes do mar to contarão. Qual entre todos estes não sabe que a mão do Senhor fez isto?” Em outras palavras jó está dizendo: “vê todas as coisas na natureza? elas te demonstram um criador!

   A teoria da evolução afirma que o homem é descendente do macaco devido as semelhanças físicas entre as duas espécies. Porém, bioquimicamente, o homem assemelha-se muito mais as porco do que ao macaco. É fato conhecido que atualmente já se realizam transplantes de órgãos de suínos para seres humanos. Contudo, isto não quer dizer que o homem descenda do porco. O fato de um animal se assemelhar bastante ao outro não prova que tenha evoluído a partir daquela espécie ou de um ancestral comum.

   A inteligencia do macaco não é a das mais privilegiadas, pois não fica nada a dever a do cachorro. Além disso, o papagaio é o único animal que consegue produzir palavras, porém sua inteligência é mínima. Em matéria de inteligência poderíamos dizer que o homem descende dos golfinhos, a inteligência dos golfinhos supera em muito a dos macacos. E por que insistem os evolucionistas em dizer que o homem é filho do macaco? Como afirmou Fritz Bind: “o homem prefere ser um macaco refinado do que um Adão caído”.

   Gn. 2. 7Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. Essas palavras soam estranhas para os evolucionistas, para eles é mais fácil acreditar em um macaco se auto evoluindo do que em um criador inteligente, por quê isso? Uma parábola dita por Jesus para os judeus que o rejeitavam se aplica exatamente para os céticos dos dias de hoje, Lc. 19. 14Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós”.

   É isto, poucos realmente querem estar subordinados a Deus. Contudo, se as semelhanças físicas entre o homem e o macaco são grandes, as diferenças são ainda maiores: o homem tem polegares nas mãos, enquanto o macaco os tem nas mãos e nos pés; o homem tem a cabeça sobre a coluna vertebral, enquanto a cabeça do macaco está ligada à parte anterior da coluna, o homem anda ereto, o macaco anda curvado; o volume cerebral do homem é maior do que o do macaco, a dentição, o nariz a pelve, a mandíbula são diferentes um do outro.


   Além disso, o macaco é incapaz de aprender a falar ler ou escrever. Enquanto uma criança de seis anos pode aprender vários idiomas simultaneamente. E mais, as estruturas bioquímicas dos códigos de DNA de um e de outro são diferentes. Assim sendo, a possibilidade de se provar a teoria da evolução tem as mesmas chances de um macaco colocado perante um computador e escrever todo o livro teoria das espécies de Charles Darwin. A bíblia é simples e ao mesmo tempo enfática, Ap. 4. 11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.”

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Os nossos erros não podem ser atribuídos a outros.

Gn. 3. 9-14 E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.”

Construo o assunto de hoje a partir destes versos e neles faremos duas análises, uma introdutória e pequena e a outra predominará todo o assunto. A parte introdutória e que não faz parte principal do assunto, refere-se à serpente. No contexto dos versos acima percebemos o homem culpando a Deus, por ele ter lhe dado aquela mulher, vemos também a mesma tática utilizada pela mulher com relação à serpente, e o mais interessante foi que a serpente não encontrou um culpado, assim sendo a ideia de um Anjo poderoso valendo-se de uma cobra carece de apoio bíblico.

Mas, como dito acima não é sobre um Anjo caído que quero falar neste assunto e sim sobre a questão da responsabilidade, ou também sobre tentar passar a culpa e a responsabilidade para outros. Vimos acima à bíblia mencionando que Adão e Eva agiram assim. Esta é a característica humana, dificilmente alguém assume os seus erros, quando são questões que não fere valores, logo se esquece, mas quando não, sempre é lembrado. O episódio de gêneses 3 é lembrado até hoje, ficou marcado, naturalmente é algo muito feio e que deve ser evitado, portanto, tudo que for realizado deve ser primeiramente medido pesado e acima de tudo muito bem pensado.   

Este assunto me surgiu quando estava lendo algumas declarações de Ellen G. White e duas questões me chamaram a atenção à primeira questão refere-se ao desapontamento adventista. E a segunda foi sobre uma declaração sua em uma reunião no acampamento em Battle Creek. (Lembrando sempre que a postagem não diz respeito a questão pessoal, mas sim teológica.) Todos sabem que o desapontamento foi o resultado da não volta de Jesus em 1844. Em se tratando de jogar a culpa e responsabilidade para outros sabemos que isso trás conseqüências, imagine então quando isso ocorre em um meio religioso, ou ainda com alguém considerado um profeta ou uma profetiza? Quando se analisa o caso percebe-se que a situação fica catastrófica e tal profeta ou profetiza cai em descrédito.

Dt. 18. 22 Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele.” Baseado neste verso o profeta não pode ser inocentado nem se transformado em um “coitadinho” e muito menos o oposto disso, ou seja, alguém inspirado por Deus. Com relação ao desapontamento ocorrido em 1844 ela disse: Houvessem os adventistas, depois da grande decepção de 1844, ficado firmes na fé, e seguido avante em união no caminho aberto pela providência de Deus, recebendo a mensagem do terceiro anjo e proclamando-a ao mundo, no poder do Espírito Santo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor haveria cooperado poderosamente com seus esforços, a obra se haveria completado, e Cristo haveria vindo antes disto para receber Seu povo para lhes dar o galardão.” (Mensagens escolhidas v 1 pg. 68)

Percebemos ao menos duas falácias nas declarações dela, a primeira é tentar conformar a volta de Jesus mediante com a cooperação humana, a volta de Jesus não é condicional ela não está condicionada a nada exceto Deus, Mt. 24. 36 Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.” Jesus não disse que nem mesmo Deus sabe o dia de seu retorno, pelo contrário, asa palavras “daquele dia” demonstra que esse dia está determinado pelo conselho de Deus. Dn. 7. 22 “Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino.” Veio o tempo, ou seja, ago designado. E a outra falácia diz respeito ao tema principal do assunto que é, transferir culpa e responsabilidades. Segundo Ellen White Jesus não voltou por falta de fé, consagração e espiritualidade do povo, é mais fácil dizer isso do que assumir a culpa pelo erro.

Sim, o erro está baseado no fato d’ela como profetiza embasar a crença na volta de Jesus em 1844 e como Jesus não voltou quem vai assumir a culpa por este erro? O povo claro! E ela insiste em dizer que a volta de Jesus é condicional, ou seja, está subordinada aquilo que o homem quer fazer, em outras palavras se os homens se converterem Jesus volta, se não, ele não volta. Se esta fosse a realidade de Deus, Jesus nunca voltaria, veja a sua declaração: Os anjos de Deus em suas mensagens aos homens, apresentam o tempo como muito breve. Assim ele me tem sido sempre apresentado. É verdade que o tempo tem prosseguido mais do que esperávamos nos primeiros tempos desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão depressa como esperávamos. Falhou, porém, a palavra do Senhor? Nunca! Devemos lembrar que as promessas e ameaças de Deus são igualmente condicionais.” (Mensagens escolhidas v. 1 pg. 67)

A outra questão dita por Ellen G. White refere-se ao que ela disse em uma reunião no dia 27 de maio de 1856 em Battle Creek. Novamente ela disse que Jesus voltaria naquela época, ela disse: “Foi-me mostrado o grupo presente à assembléia. Disse o anjo: ‘alguns servirão de alimento para os vermes, alguns estarão sujeitos às sete últimas pragas, outros estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem trasladados na vinda de Jesus” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, p. 131 e 132).

E qual foi à desculpa desta vez? A mesma, ou melhor, as mesmas, falta de fé do povo e condicionalidade. Mas essa não era a crença dos adventistas da época, em 1910 Evelyn Lewis-Reavis que esteve presente naquela conferência para saber quem seria ou não trasladado. Na ocasião em 1910 só restavam 27 dos 67 presentes que estiveram na reunião.  Em 1935 foi feita uma pesquisa entre os líderes adventistas para saber quais eram as “críticas feitas a Ellen White que na época pareciam mais importantes”. O documento prossegue dizendo que “quase todos eles queriam respostas para a acusação de que alguns de seus primeiros escritos haviam sido ‘tirados de circulação’ e também quase o mesmo número estava preocupado com a predição de 1856, de que alguns dos que estavam vivos na ocasião seriam transladados.

Durante anos, os pioneiros mantiveram uma lista dos que estavam presentes na conferência e passou-se o tempo e todos morreram, contrariando o que ela disse que alguns seriam comidas para vermes, após isso novamente ela transfere a sua culpa não só para a condicionalidade, mas também para a falta de fé do povo, “Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primeiros dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais. Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel…” (Evangelismo, p. 695 e 696). Assim sendo se a profecia não se cumpriu, a culpa nunca pode ser do profeta, caso isso aconteça ele (a) cai em descrédito. O líder deve ser protegido para que a instituição cresça, é melhor então que a culpa seja transferida para os leigos (o povo) “afinal de contas quem manda eles não fazerem sua parte.”

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Duvidas que requererão a tua fidelidade?

Em todas as épocas da história humana os mais sagazes sempre quiseram se sobrepor aos seus semelhantes, desde a idade mais remota foi assim, Gn. 10. 8 Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na terra.” A definição daqueles que querem se sobrepor é poder, dominar sobre os outros, impor a sua vontade. E a vontade desses homens é edificar um reino o qual possam dominar sobre toda a terra, Gn. 11. 4 “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.”

Esta é a perspectiva humana, edificar um reino único, não com o intuito em beneficiar a todos, mas aos poderosos a elite, ao topo da piramide, até porque são eles que impõe a sua vontade, são eles que de uma maneira humana de representar “guiam” os habitantes da terra, representado pelo olho que tudo vê. Após Ninrode, outros tentaram impor a sua soberania, temos o relato bíblico de vários reinos, entre os quais Assíria, Egito, Babilônia, Medos e Persas, o império grego e também o império romano.

Conhecemos também a história recente onde outros tentaram estabelecer impérios, através da força e da opressão. Mas a bíblia trás dois relatos interessantes, um se deu na Babilônia, o outro se dará no futuro, esses versos retratam acontecimentos, onde é dito que o governo mundial impôs e irá impor a sua vontade, Dn. 3. 1 “O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha sessenta côvados de altura e seis de largura; levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia.”

Este verso mostra um acontecimento semelhante com o que há de acontecer no futuro. Aqui vemos o rei erigindo uma estátua, com o objetivo de usá-la como um diferenciador, um meio pelo qual, ele o rei pudesse perceber a lealdade de seus súditos contrastando com aqueles insubordinados. Dn. 3. 3 “Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todos os oficiais das províncias, para a consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado; e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.”

É notório também que a imagem erigida por Nabucodonosor era um ídolo, naturalmente este ídolo representava a mescla dos deuses de Babilônia, e sendo ela Babilônia a regente das nações, não importava a que Deus ou deuses os povos que ali estavam subjugados acreditavam, não fazia diferença, o deus pátria, o deus do rei, o deus de Babilônia deveria ser exaltado e honrado por todos, caso não fosse assim pagava-se com a vida, Dn. 3. 4-6 “Nisto, o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas: no momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente.”

Na atualidade a grande maioria da humanidade não acredita que um episódio semelhante possa ser repetido, a resposta conhecida dada por esses bilhões de pessoas é que não mais vivemos acreditando em deuses, como Nabucodonosor, segundo eles a era da ignorância já passou. No entanto, o que eles desconhecem é que justamente a descrença e o ceticismo o qual é tão idolatrado na atualidade é que culminará com outro episódio semelhante ao da estátua erigida na Babilônia. Como se dará o processo pelo qual “o topo da pirâmide” utilizara para estabelecer um governo único, em um mundo tão diversificado? A solução para os acontecimentos que temos presenciado os quais tem assolado a humanidade a cada dia está clamando para isso. A instabilidade financeira, as ameaças de guerras, as emigrações ilegais, o terrorismo, a corrupção, as doenças, a fome, tem exigido uma ação com o objetivo em contornar essa situação crítica. Ou ao menos esta será a retórica que ouviremos, de que todas estas catástrofes juntas necessitam de uma intervenção que possa trazer esperança paz e prosperidade, para as futuras gerações.       

Será necessário utilizar algo inovador para poder governar todas as pessoas em todas as partes do mundo, acredito que a chave para abrir esta porta já existe, em 1968 um dos prestigiados lideres da comissão trilateral por nome Zbigniew Brzezinski afirmou: “Muito em breve será possível termos um acervo de dados pessoais sobre cada cidadão. Essas informações permitirão um controle sobre cada pessoa da face da Terra, a qualquer hora... E cada cidadão poderá ser sondado e controlado pelas autoridades”.

Sobre essa nova era profetizada por Brzezinski, que ele chamava de “Era da Tectrônica”, ele disse ainda: “A era da eletrônica envolverá gradualmente o controle da sociedade, que será dirigida por uma elite, onde os tradicionais valores devem ser destruídos. A humanidade tem passado por grandes evoluções. O primeiro estado era o estado primitivo envolto em religião. Antigamente, o homem acreditava que seu destino estava nas mãos de Deus. Isso é resultado de uma mente débil de algum ignorante iletrado.”

Atualmente presenciamos pessoas descrentes quanto ao fato de criarem um acervo com os dados de todos os habitantes da terra, para tais pessoas, é impossível de algo assim acontecer, pois segundo eles, em um mundo desigual, diversificado e tão grande, muitos não têm acesso à tecnologia e, portanto tal pensamento seria inviável. Mas é bom lembrar que embora a desigualdade exista, não existe um único país que não possua uma moeda de troca, o comercio existe em todas as culturas e épocas.

Não podemos furtar o fato da realidade dita por Brzezinski no final dos anos 60, percebemos claramente este acontecimento se materializando, ou seja, ter um acervo de cada cidadão e consequentemente ter o controle do mesmo. O controle das massas está acontecendo atualmente de forma subjetiva, e isso através das mídias. Percebe-se claramente a sociedade como um todo, seguindo um padrão pré-estabelecido, ou seja, um condicionamento fabricado, em nome da tecnologia e da ideologia.

A ideia de governar o mundo não é nova, imagine então quando essa ideia caminhar junto com a necessidade? Listei alguns problemas entre os quais tem causado desarmonia em nossa estada neste mundo, naturalmente aqueles que estão “a testa” das nações externam a vontade de governar para amenizar os problemas, no entanto, o objetivo que não é externado é o de dominar para prevalecer a sua forma de governar. Nos dias de Daniel, o decreto do rei era para que qualquer que não fizesse a vontade do rei deveria ser morto, a vontade do rei era de que todos sem exceção se encurvassem para a imagem de ouro que ele erigiu.

A bíblia nos mostra dizendo que no futuro tal ameaça se repetirá, Ap. 13. 15E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.” Negar que este acontecimento não se dará, é um certificado de alienação daquilo que temos presenciado na atualidade. Tudo tem demonstrado como a sociedade caminha para um governo único, para uma moeda virtual de troca que envolverá toda a sociedade, e para uma ideologia universal, que removera os valores morais cristão que ora conhecemos. Este será o novo método de governo que se instalará sobre a terra, muitos se oporão a esta forma de governo, mas a grande maioria não, pelo fato desse sistema se adaptar melhor com a tendência dos cidadãos que ora temos presenciado, Ap. 13. 3 “Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta.” A última parte do verso é uma realidade que presenciaremos, ou melhor, é uma realidade que já temos presenciado. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O evangelho e as "igrejas verdadeiras".

Mt. 4. 23 “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.”  Estão às igrejas (denominações) cristãs da atualidade cumprindo este (exemplo), ensinamento de Jesus? A outra pergunta a ser formulada é: compreendem as ditas denominações o que significa evangelho? A palavra evangelho ou evanggelion no grego significa as boas novas da salvação através de Cristo e mesmo a proclamação da graça de Deus manifesta e garantida em Cristo.

Uma questão importante demonstrada no verso acima nos mostra a princípio o que o evangelho não é: curas de toda sorte de enfermidade, ou seja, o verso claramente faz uma distinção entre pregar à graça ou salvação que é o evangelho por curas de doenças. As curas físicas realizadas por Jesus era apenas uma extensão do evangelho, não era na verdade o objetivo principal do seu ministério, mas sim uma extensão de sua obra.

Assim sendo podemos descartar várias denominações que se intitulam igrejas verdadeiras, mas que no fundo o seu principal motivo religioso ou cristão é se auto proclamar dizendo que coopera com o evangelho por meio de curas e pseudo-s exorcismos. Mt. 11. 5 Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.” Reparem que o verso destaca toda sorte de curas e benefícios físicos, no entanto, distingue dizendo que o evangelho está sendo pregando.

Então se alguém está sendo iludido dizendo que está frequentando a denominação (a ou b) pelo simples fato de se intitularem verdadeiras igrejas por estarem “curando ou exorcizando” não acreditem, a igreja verdadeira de Jesus Cristo não se promove não se vale de subterfúgios ante o evangelho. Existem alguns que se vangloriam dizendo que agora estão na igreja de Jesus, pertencem à denominação verdadeira, pois acreditam eles que foram batizados com o espírito santo.

O que seria ser batizado com o espírito santo? Muitos responderão dizendo: é falar línguas estranhas e fazer curas e milagres. Is. 28. 11 Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o Senhor a este povo.” O que seria essas línguas estranhas? Seria algo incompreensível? Os “pentecostais” afirmam que sim, afinal o verso diz ser línguas estranhas... No entanto, o que o verso não diz é que o fato de ser estranha não significa ser incompreensível.

Citando Isaías 28; Paulo nos mostra o que é na verdade essas línguas estranhas, 1ª Co. 14. 21 “Na lei está escrito Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. Na realidade a bíblia está nos dizendo que as línguas estranhas são nada menos do que as línguas estrangeiras. Este é um assunto que tentarei abordar em outra postagem, farei um estudo em cima de 1ª Coríntios 14.

Por ora, quero dizer que o dom de línguas ou as ditas línguas estranhas, interpretadas pelo seguimento dos pentecostais, onde asseguram que tal “sinal” seria uma comprovação do batismo pelo espírito santo não está de acordo com a revelação bíblica. Alguém pode refutar dizendo: mas a bíblia é clara em admitir que aqueles que foram batizados falaram em outras línguas; sim só não diz que falavam algo incompreensível e sem significado. O dom de línguas foi uma demonstração real de que o espírito santo estava realmente com a igreja. 

No entanto, deve-se estudar mais profundamente o assunto a fim de tentar obter uma melhor compreensão daquilo que realmente a bíblia está nos dizendo. Outra propaganda denominacional muito grande realizada por aqueles que querem angariar ou formar uma membresia extensa, consiste no fato de assegurarem de todas as maneiras e formas a ideia que propagam a mensagem verdadeira, em outras palavras, estão assegurando que são os únicos portadores do verdadeiro evangelho bíblico.

Assim sendo e é comum ouvirmos determinados seguimentos religiosos dizerem que se você quer realmente agradar a Deus nesta vida, e ser salvo para a vida eterna, necessário será você comungar a mesma doutrina, experiência, membresia, em outras palavras, será necessário se converter aquele sistema denominacional, contrariando assim o próprio ensinamento de Jesus e mesmo a realidade ensina em todo o novo testamento.

Lc. 9. 49-50 Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós.” Não entra em discussão aqui neste assunto a questão de expulsar demônio, mas sim o ensinamento de Jesus para os seus discípulos, de que o importante ali ou mesmo na atualidade era e é seguir os ensinamentos de Jesus.

Na atualidade o que temos presenciado são as pessoas seguindo a denominação religiosa, querendo por meio dela ser um bom cristão, nos dias de Paulo as pessoas queriam ser boas ou verdadeiras seguidoras de Cristo seguindo aqueles os quais foram designados a pregar o evangelho, 1ª Co. 1. 10-12 “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer. Pois a vosso respeito, meus irmãos, fui informado, pelos da casa de Cloe, de que há contendas entre vós. Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.”

Não é o mesmo que temos presenciado hoje? A diferença consiste em que para sermos salvos somos instruídos a seguir determinada instituição ou denominação, e lá naqueles dias eles seguiam os representantes. Vale salientar também que não existia uma denominação religiosa, muito menos várias, conforme presenciamos na atualidade. Outro fato importante que percebemos na bíblia foi que Paulo os repreendeu; já na atualidade são os próprio líderes que estimulam e induzem um intermediário entre o crente ansioso por salvação e Jesus, e este intermediário é a denominação religiosa.

Ficou evidente que a pregação do evangelho, do anuncio que o reino de Deus virá, passou a depender de outro fator importante, ou a crença de que precisamos seguir determinada denominação religiosa. Crer em Cristo somente já não basta como diz a bíblia, em outras palavras o evangelho na atualidade se resume em seguir determinada denominação, sim, pois lá eles te ensinarão o que é necessário para você se salvar, sim crer e aceitar (praticar) os ensinamentos de Cristo somente não tem validade.

É necessário outros apetrechos, tais como: pertencer a denominação, crer em profetas, devolver dízimos, vestir a melhor roupa, ir nas reuniões de preferencia em todas, guardar dias, seguir a lei, conhecer as doutrinas da igreja, não comer isso e aquilo outro, fazer cálculos matemáticos com o objetivo em descobrir e afirmar para outros que a denominação teve uma previsão matemática no tempo para o seu aparecimento, incorporar livros religiosos e etc. Ao passo que a própria bíblia nos ensina o contrário, At. 16. 29-31 “Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”
   
Aqueles que defendem uma entrega incondicional a denominação argumentam dizendo que isso é necessário para produzir salvação, ou seja, para eles o crer em Jesus como é ensinado não é suficiente. Naturalmente a crença exigida pela bíblia não consiste em palavras apenas, mas em conformidade com aquilo que é ensinado no evangelho, em outras palavras evangelho significa: arrependimento, conversão e aguardo a manifestação física, do reino de Deus.









  











terça-feira, 15 de agosto de 2017

A criação aponta para um ser inteligente.

Desde os tempos mais antigos, os homens distanciados de Deus, procuram desvendar o mistério da origem do universo. Para tanto, dão asas a imaginação, criando muitas lendas e fábulas e com isso não conseguem desvendar esse mistério. Assim desde o princípio, quando o homem rejeitou a revelação de Deus, toda a cosmogonia (criação ou origem do universo) tem se revestido muito mais de mitologia do que de ciência.

A mitologia chinesa, por exemplo, apresenta a sua versão da origem do universo a partir de um ovo de galinha chamado caos, que teria gerado a terra e céu, sendo que a raça humana teria tido origem a partir de pulgas! Esta história nos soa familiar. Um ovo cósmico que explode (Big bang) gerando o universo; pequenas formas de vida que dão origem a seres maiores e mais aperfeiçoados (evolução).

Já na mitologia grega, a deusa Gaia (terra) dá a luz Urano (céu). Depois, Gaia e Urano se unem para gerar Cronos (tempo). Atualmente uma das teorias que se originou da evolução é a do Big bang, segundo os cientistas há cerca de 10 ou 15 bilhões de anos, eles não sabem ao certo, toda a matéria do universo estaria concentrada em um único ponto do espaço, formando um imenso “ovo cósmico” que teria explodido, dando origem a todas as galáxias e sistemas solares, inclusive o nosso.

Assim surgindo do nada como um passe de mágica, as leis da física, vindas não se sabem de onde, começaram a atuar no universo. Deste modo dizem os evolucionistas, teriam surgido todas as estrelas, como também o sol, todos os planetas incluindo a terra. Isso a partir do Big bang, a terra teria sido “criada” como uma esfera sem forma e vazia, somente contendo uma enorme “sopa” onde os elementos inorgânicos se encontravam mergulhados em outro elemento, a água.

Ao passo que a bíblia descreve a realidade que nos cerca como sendo um acontecimento causado pela vontade de Deus, Sl. 33. 6 e 9 Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir. Não se pode afirmar e nem mesmo descartar uma grande explosão na origem do universo, o que tem de ser descartado é uma explosão causadora, ao invés de uma explosão conseqüente.

Quando a bíblia diz que Deus falou e tudo se fez, o efeito de sua ordem (palavra) e o aparecimento da matéria pode ter tido como resultado uma explosão gigantesca, A bíblia descreve a ordem criadora de Deus ou as suas palavras produzindo som como um trovão, Hb. 11. 3Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.”

Sl. 104. 6-7Tomaste o abismo por vestuário e a cobriste; as águas ficaram acima das montanhas; à tua repreensão, fugiram, à voz do teu trovão, bateram em retirada.” Ap. 14. 2 “Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua harpa.” O trovão é simbolo da voz de Deus. O fato de dizer que não é possível acreditar com certeza que houve uma explosão no princípio do universo está embasado na premissa levantada pelos adeptos da teoria da evolução.

Segundo eles não existe como provar a veracidade do reato da criação citado pela bíblia sem ter existido uma testemunha ocular que tivesse acompanhado o momento da criação em si. Assim sendo, o mesmo deve ser exigido com respeito a teoria do Big bang. (1) Ninguém presenciou tal acontecimento, (2) uma explosão aleatória jamais poderia criar matéria e leis organizadas, pelo contrário, iria fazer justamente o oposto, apesar dos próprios cientistas dizerem que o Big bang não causou o universo mais apenas o expandiu e formou somente os átomos de hidrogênio e hélio; o bom disso tudo é que a própria ciência diz que o big bang é apenas uma teoria e não uma lei definida. 

Bem, nada mais do que justo, pois formular algo apenas admitindo terem descoberto o eco do Big bang... Então surge o impasse: se o Big bang aconteceu por si só como ele foi disparado? O argumento é o seguinte, dizem eles: "Antes do Universo, apenas existia um ponto sem volume, mas com uma densidade enorme" Bem, a densidade determina a quantidade de matéria que está presente em uma unidade de volume, estamos falando de matéria, ora no nada absoluto não existe matéria, e sendo assim não poderia ocorrer uma explosão no nada absoluto.

Assim sendo eles mudaram a retórica, o Big bang não causou o universo, mas apenas o expandiu. E dentro da própria comunidade cientifica já existe a possibilidade de lançarem por terra a teoria do big bang, segundo eles os 13.5 bilhões de anos é um período muito curto para explicar a formação do universo. A bíblia é muito clara com relação ao comportamento de rejeição humana com relação a Deus e sua criação, Rm. 1. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis.”

A desculpa ocorre por dois motivos, o motivo secundário é que muitas pessoas querem se aparecer provocar não se importando como. E o segundo e principal motivo é que a grande maioria das pessoas prefere ser um macaco encurvado a um homem  erectus ou reto aprumado, ou seja, poucos querem se sentir dominado por um ser superior que lhes impõe ordem, o animal não deve satisfações a ninguém e segue apenas o seu instinto e isso também é destacado pela bíblia, Rm. 1. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes.”

Então esta é realidade humana, as teorias humanas são tidas como a mais pura verdade, e poucos questionam a sua realidade e validade, o importante para muitos é a “anulação” de Deus e suas obras. O fascínio para retirar Deus de sua posição de criador e regente do universo é tão grande que muitos o surgimento da matéria ou da criação do universo como sendo o acaso, outros dizem que o universo se auto causou, mas não admitem um ser superior criador de todas as coisas, como isso é irracional atualmente estão dizendo que o universo é eterno, contrariando a própria teoria do Big bang que diz que o universo teve um começo e terá um fim.  

Infelizmente a tentativa humana de abolir Deus sempre existiu, e nos últimos tempos se avolumou por meio de teorias evolucionistas, naturalmente esse é um processo que ira evoluir até chegar ao ponto de negarem completamente a existência de Deus abolindo-o por completo, isso é algo inegável, mas também necessário.  



                      

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Existem apóstolos e profetas na atualidade?

Uma questão bíblica a ser destacado no AT. diz respeito à autoridade secundária de um profeta. 2ª Rs. 21. 10 Então, o Senhor falou por intermédio dos profetas, seus servos, dizendo:” Disse secundário, pelo fato da autoridade primária ser proveniente de Deus, sabendo também que o termo profeta não dá garantias de que tal pessoa pudesse realmente falar segundo a vontade de Deus, ou seja, um profeta poderia ser verdadeiro ou falso, Mt. 7. 15 “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores”.

Outro fato a ser destacado é que no NT. Apesar de ser mencionado por meio de alguns versos a autoridade secundária não mais pertence ao profeta e sim aos apóstolos, destacando também que a atividade apostólica findou no primeiro século, ou seja, na atualidade existem sim os falsos apóstolos assim como no dias do AT. Existiram os falsos profetas. Alguns versos que falam de profetas no NT. At. 15. 32Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram.”

At. 21. 10 “Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo.”  Mas, segundo Paulo, a autoridade no NT. É baseada em uma autoridade apostólica, não mais em um profeta, 1ª Co. 12. 28 “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.”  A palavra primeiramente do verso acima é proton e significa: primeiro em tempo ou lugar, primeiro em posição.

Ditas essas coisas, vamos levar em consideração o fato de que algumas denominações na atualidade acreditam estarem sendo dirigidas por profetas ou mesmo por profetizas. Qual deveria ser a postura tomada pelos seguidores de tal denominação? Respeitar as declarações do profeta é lógico! Por exemplo, a IASD. Acredita piamente que a sua constituição veio diretamente de Deus por meio de sua profetiza E.G.W. Isso pelo fato dela mesma se auto declarar como sendo uma profetisa. Eis as suas declarações:  

“Minha missão abrange a obra de um profeta, mas não termina aí” (Orientação Profética no Movimento Adventista, p. 106). “Não são só os que abertamente rejeitam os Testemunhos ou que alimentam dúvidas a seu respeito, que se encontram em terreno perigoso. Desconsiderar a luz equivale a rejeitá-la.”(Idem, p. 290).

“Disse o meu anjo assistente. ‘ Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das almas depende da maneira em que forem elas recebidas.’” (Primeiros Escritos, p. 258)

Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de Seus Profetas e apóstolos.Nestes dias Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao Seu povo a respeito de Sua vontade e da conduta que este deve ter.” (Testemunhos Seletos,vol. II, p. 276, 

Não há como negar que EGW. Denomina-se como uma verdadeira e importante profetisa, mas tal auto declaração é posto em xeque por grande parte de seus seguidores, por que isso? Antes veremos dois versos que nos revelam a necessidade da profecia nos dias bíblicos, 2ª Cr. 24. 19 Porém o Senhor lhes enviou profetas para os reconduzir a si; estes profetas testemunharam contra eles, mas eles não deram ouvidos”. Zc. 7. 12 Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do Senhor dos Exércitos”.

Os versos nos mostram os profetas tentando através da admoestação levar o povo de volta para aquilo que lhes foi ensinado, ou seja, relembrá-los das ordenanças de Deus por meio da lei, os profetas não administraram um ensinamento novo, ou fora daquilo que eles já sabiam, mas rejeitavam. Talvez seja por isso a rejeição por grande parte daqueles professos seguidores da profetisa EGW. Cabe uma pergunta, a rejeição se dá devido às profecias ou ensinamentos novos fora da bíblia, mas que estão em seus livros, ou a rejeição acontece por desconfiança da profetisa?

O ensinamento extra-bíblico o qual ela garante que se encontra na bíblia diz respeito à reforma de saúde, eis algumas declarações sua com relação ao regime alimentar:

Os princípios que nos foram propostos no começo desta mensagem são tão importantes e devem ser considerados com tanta consciência hoje em dia como o foram então. Muitos há que nunca seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. É tempo de tirar a luz de sob o alqueire e fazê-la resplandecer com luminosidade clara e brilhante. Os princípios do regime alimentar significam muito para nós, individualmente, e como povo. Conselhos sobre o regime alimentar pág. 23.

Há mais de quarenta anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus! Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma de saúde. No tocante à temperança, deveríamos haver progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem-instruídos e mesmo pastores que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhes apraz e procedem do mesmo modo. Idem, pág 24.

Manteiga e carne são estimulantes. Isto tem danificado o estômago e pervertido o gosto. Idem pág. 48. Por ser moda, e estar em harmonia com o apetite doentio, são amontoados no estômago bolos substanciosos, tortas e pudins e tudo que é prejudicial. A mesa tem de estar repleta de variedade de pratos, ou não se satisfaz o apetite pervertido. Idem pág. 158.

Segundo o relato bíblico ao se rejeitar o conselho despreza-se o profeta, e o desprezo pode estar associado a duas questões: rebelião a Deus e suas ordens, isso caso o profeta for verdadeiramente enviado por Deus, ou descrédito no profeta, pelo fato dele (a) exigir e ensinar algo além do que está escrito. Acredito no caso do adventismo que a rejeição está associada ao descrédito; e isto pelo fato das leis de saúde ensinadas por EGW ser um ensinamento extra-bíblico, e a outra questão, EGW ensina que o regime alimentar saudável é o meio pelo qual demonstra-se a santificação daquele que pratica. Este assunto será abordado em outra ocasião.