quinta-feira, 15 de junho de 2017

A incapacidade humana e o novo nascimento.

As tragédias humanas bem como a sua incapacidade de sanar as mazelas que acometem não só o indivíduo mas toda a sociedade e em todas as épocas, são questões pertinentes que trás a tona várias indagações. As tragédias humanas podem ser classificadas com aquilo que cada dia presenciamos em nosso contexto, a fome, as guerras as revoltas, tudo isso instigado por uma falta de boa vontade e liderado e embasado pelo egoísmo. Entre outras mazelas, podemos destacar a própria incapacidade humana de se superar, não falo de superação contextual, ou seja, aquela em que o indivíduo a despeito das dificuldades encontradas se torna um vencedor.

Me refiro a superação da própria natureza, em outras palavras falo da própria regeneração humana. É desnecessário dizer que nem mesmo a pessoa mais rica do planeta tem condições de anular o envelhecimento do seu corpo e uma consequente morte, infelizmente para muitos, essa é uma tarefa do ponto de vista humano impossível. A despeito da falsa esperança que permeia a mentalidade cientifica, em conseguir reverter o envelhecimento e por fim interromper o processo que leva a morte. Não só a bíblia testifica, mas a própria experiência tem demonstrado o processo de corrupção em todas as coisas vivas.

Rm. 8. 21 "Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus". Servidão da corrupção, isso quer dizer escravidão em um sistema corrompedor, podemos entender duas formas de corrupção neste verso, a corrupção que leva as tragédias humanas e a própria corrupção natural, o verso 22 destaca a corrupção natural Rm. 8. 22 "Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora". Em outras palavras a experiência humana testificada pela bíblia nos diz que o final da história humana é se tornar aquilo que ele era antes de existir, ou seja, nada, a menos que Deus intervenha. na história, Is. 40. 7-8 "Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do Senhor. Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente". 

Naturalmente isso não significa que aqueles que creem nunca mais passarão por aflições e estarão isentos de problemas, a bíblia não diz e muito menos promete isso, ela confirma o processo de envelhecimento e corrupção, no entanto testifica dizendo que isso não é o fim de tudo. 2 Co. 4. 16 "Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia". O processo de corrupção é natural, não necessita de nada e nem de ninguém para acontecer, ao passo que o processo de renovação é espiritual, me refiro a espiritualidade bíblica, ou a transformação em um novo homem, esta sim não pode ser realizada sozinha. 

Temos visto vários movimentos educativos propagando a paciência e a paz, contudo percebemos cada vez mais um mundo conturbado intolerante e violento. Por quê isto? A preocupação em satisfazer o ego em todas as suas esferas, não deixa espaço para o (homem termo genérico), pensar em se reestruturar interiormente, para o pensamento moderno a estruturação deve ser física, afinal o interessante é mostrar sobressair e curtir, infelizmente esta é a mentalidade que tem permeado o mundo, mas alguém irá perguntar: - e isso não é bom, não saímos da era das trevas jogando para o alto aquilo que era rudimentar desnecessário? Não temos feito grandezas com nossos descobrimentos científicos?

Ninguém pode negar o fato que houve um progresso gigantesco no meio científico e em toda a área tecnológica, no entanto, aquilo que o homem busca ou mesmo aquilo que ele propõe não houve sequer um movimento que pudesse testificar um progresso ou mesmo um pequeno avanço; que são na realidade aquilo que estamos discutindo, a saber: - reversão da degradação da natureza humana, em outras palavras aniquilamento do envelhecimento e por fim a imortalidade, e mesmo a paz a justiça e o equilíbrio interior, ou seja, satisfação plena consigo mesmo e com o planeta em lugar do egoísmo.

É sabido por todos que tem sido feito uma propaganda enorme para se investir a procura de água no sub solo de marte, naturalmente este investimento não é uma pequena soma, assim sendo pergunto: existiu algum progresso regenerativo no ser humano a despeito de dizerem que estamos na era da luz e do descobrimento? Não! É mais fácil encontrar, tratar, investir onde já existe água, no entanto os investidores argumentam que eles não podem investir tanto dinheiro em um mundo onde as pessoas não são educadas e que brevemente o investimento e mão de obra seriam sucumbidos, visto que as pessoas poluiriam e esgotariam o investimento feito.

Assim sendo somente a elite "irá" se favorecer. mas, mesmo assim surge uma pergunta importante feita por Jesus,  Mt. 16. 26 "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" Em outras palavras, o envelhecimento a morte e o próprio egoísmo continuarão a reinar neste mundo elitizado, que ninguém acredite que as façanhas desfrutadas pela elite de Elisyum se concretizarão, aquilo era pura ficção. Para o homem moderno ou pós moderno, para o rico ou o pobre, o culto como o iletrado, só existe uma maneira de ver o futuro.

E esta, do jeito que vemos e presenciamos na atualidade: as promessas infundadas de justiça, a corrupção ética e moral, a ira das nações em pé de guerra, o culto ao ego, idolatria a coisas descabidas e sem sentido, a inversão de valores, o envelhecimento e por fim a morte, esta é uma lei do ponto de vista humano inviolável. No entanto, para estas mesmas pessoas existem duas maneiras de viver estas mesmas coisas descritas acima. Deste jeito natural tentando não se lembrar de que o futuro é sombrio; ou acreditando que do mesmo jeito que nós não existíamos e não fizemos nenhum esforço para nascer podemos esperar uma mudança para este mundo, não nas promessas infundadas e destituídas não sei nem se destituída de vontade, mas de capacidade para sua realização. Por que desta incapacidade? Ef. 2. 5 "Estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo pela graça sois salvos"

E esta morte espiritual gera todos os frutos que temos presenciado Ef. 2. 3 "Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais." Geralmente se argumenta dizendo: - Eu não acredito nisso, vou morrer assim mesmo. Eu geralmente respondo dizendo, todas as vontades devem ser respeitadas, mas entre viver em um mundo corrupto e sofrer na carne a corrupção, ou acreditar que Deus pode tudo, e a Seu tempo interromper a lei da degeneração em todas as suas formas, a escolha fica evidente.

Lembrando também que isso não é somente um aspecto puramente de fé, a prática tem demonstrado isso, tanto no que diz respeito a corrupção generalizada quanto mesmo ao novo nascimento, necessário para se adentrar na nova vida, Jo. 3. 3 "Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus."

sexta-feira, 2 de junho de 2017

A analogia dos daimones e a política dos nossos dias.

A palavra diabo provém do grego diabolos, por sua vez procede de bállo = arrojar, lançar, com o prefixo dia = através de. A escolha da palavra é uma referência a queda dos anjos rebeldes relatado no livro de Henoc. De dia-bállo, arrojar através de, procede o substantivo diábolos – diabo – que passou a significar caluniador e opositor. Antes, no entanto, as palavras dia-bállo significava lançar através de, ou seja, os daimones ou as divindades inferiores (deuses) são os distribuidores de bênçãos. Depois disso deixam de ser distribuidores de bênçãos e convertem-se unicamente num ser mau caluniador e opositor.

A bíblia usa a linguagem simbólica para descrever uma realidade, por exemplo, em certos casos ela se refere aos judeus hipócritas como pertencendo a sinagoga de satanás, é sabido por todos que o satanismo não era praticado pelos judeus daqueles dias, portanto a sinagoga significava eles mesmos, ou seja os próprios judeus perseguidores, Ap. 3. 9 Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.”

Uma das características encontradas nesses falsos judeus era a mentira o engano. Assim, a bíblia podia condenar ou seus opositores sem ao menos ser destruída ou interpelada; outro acontecimento onde a bíblia vale-se dos símbolos, Ap. 2. 9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.” O verso é claro em dizer que falsos judeus eram sinagoga, ou um ajuntamento de satanás ou satanases, em outras palavras tais “judeus” se oporiam a nascente igreja.

Repare também que o verso não está dizendo que eles pertenciam a uma sinagoga, mas que eles próprios eram a sinagoga. No contexto do livro de revelação ou apocalipse, percebemos a evidência explícita onde os inimigos da igreja de Cristo são simbolicamente nomeados por dragão, diabo e satanás, Ap. 12. 3-4 “Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.”

O contexto do verso está se referindo primeiramente ao governo do império romano e depois ao judaísmo que rejeitou a mensagem do Messias. Em outro verso podemos ver novamente um simbolismo, onde ocultamente se descreve os inimigos da igreja, Ap. 2. 10 Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”

Sabemos que os prisioneiros cristãos foram encerrados através da autoridade dos judeus e dos romanos, assim sendo a ideia bíblica de dragão, diabos demônios e satanás tem muito a ver com dia-bállo, ou seja, com aquele ou aqueles que lançam sobre si, ou mais precisamente sobre os distribuidores, não só de bençãos como também de maldição; e na explanação apocalíptica quem seriam esses distribuidores, no contexto ali descrito de perseguição, sim quem seriam eles? O GOVERNO, NÃO OUTRO.

O problema se deu quando o dia-bállo os daimones passaram a ser identificados como os distribuidores de maldição somente, eles não mais distribuíam bênçãos. Assim Podemos trazer para o nosso contexto, espiritualizando conforme o livro do apocalipse teremos então um retrato exato do nosso contexto político. Jo. 10. 10 O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” A classe política excetuando alguns, se auto-intitulam o protetor e o benfeitor do povo, em outras palavras são os distribuidores de benção daqueles pobres oprimidos de uma nação necessitada.

Ao confiar em uma classe corrompida esperando o cumprimento da promessa feita de que muitas bênçãos seriam “distribuídas” para a nação, percebeu-se apenas a distribuição de maldição, corrupção, mentiras, desvio de bilhões, enquanto o povo iludido padece com a escassez em todas as suas formas. Mas os daimones, o distribuidor de maldição (não de benção) ainda não contente, querem fazer o povo pagar o alto débito, que os ditos distribuidores criaram.

A analogia dos daimones ou dos distribuidores com certos políticos é perfeita, assim como no contexto bíblico esses distribuidores não distribuem bênçãos e também como na bíblia são identificados como os líderes de uma nação. É claro que o que permeava a mente das pessoas dos dias bíblicos era que o daimone era um semideus o qual foi rebaixado pouco depois para um ídolo sem valor.

1ª Co. 8. 4No tocante à comida sacrificada a ídolos, sabemos que o ídolo, de si mesmo, nada é no mundo e que não há senão um só Deus.” No entanto, quer seja de uma forma espiritual, um ídolo ou mesmo um líder de uma nação como é o caso descrito em apocalipse, o daimone ou o distribuidor é sempre temido, e quase invencível, ora ele é um semideus. E  no nosso contexto, alguns políticos privilegiados que se sentem sobre a lei, que por outro lado exige a lei e a ordem, como se sentem?

Invencíveis inexpugnável, um verdadeiro semideus. Qual a perspectiva bíblica para este acontecimento, os distribuidores irão se converter e passarão a distribuir bençãos? Não! não só na questão religiosa, mas também na política a realidade será uma, 2ª Tm. 3. 13 “Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.”
   
Assim sendo, podemos dizer que na esfera humana, tais distribuidores são invencíveis. E devemos não viver iludidos, acreditando que tudo irá melhorar ou mesmo que a justiça será feita, que as bençãos prometidas para o necessitado da nação será distribuída, nada disso, o contexto nos mostra que os daimones ou os distribuidores só espalham a maldição, humanamente falando não há o que fazer.

Podemos somente esperar pelo cumprimento bíblico onde é dito que tais pessoas pagarão pelo seus feitos, Ap. 21. 8 “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.”